Vinte alunos e três professores do Curso de Geografia da Universidade Federal de Roraima (UFRR) visitaram em Manaus, a fábrica da Samsung Eletrônica da Amazônia e o complexo do Porto Chibatão, localizados nas Zonas Leste e Sul da capital amazonense, respectivamente.
As visitas foram promovidas por meio do programa “Zona Franca de Portas Abertas”, que é coordenado pela Suframa e tem como um de seus objetivos proporcionar uma nova opção de turismo – de lazer, técnico e científico – com base em visitas monitoradas a fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e também a institutos de ciência e tecnologia e outras empresas atuantes na Zona Franca de Manaus.
A vinda dos estudantes da UFRR a Manaus decorre de uma viagem de campo da disciplina “Geografia Urbana” cuja programação de atividades se estenderá até sexta-feira (7) e está sendo organizada também em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), incluindo ainda outras visitas técnicas na capital.
Na Samsung, uma das principais fabricantes de produtos eletroeletrônicos e de bens de informática do PIM, os estudantes visitaram o show room de produtos e algumas linhas de produção da fábrica, conhecendo, especificamente, os processos produtivos de telefones celulares e televisores, bem como áreas para estoque e distribuição de componentes e insumos.
Já no Porto Chibatão, que é considerado um dos principais centros de movimentação de cargas na Amazônia, os alunos da UFRR conheceram as instalações da unidade e puderam ver de perto as complexas operações logísticas efetuadas cotidianamente no complexo.
De acordo com o chefe do Departamento de Geografia da UFRR, professor doutor Caê Garcia Carvalho, que coordena a viagem ao lado dos professores Yuji Yano e Franzmiller Nascimento, esta foi a primeira vez que o curso de Geografia da UFRR realizou um trabalho de campo com disciplinas da graduação que transcendem as fronteiras do Estado de Roraima. “Conhecer a Zona Franca de Manaus foi fundamental para a compreensão das dinâmicas econômicas e urbanas de Manaus e do próprio Estado. A Zona Franca inaugura a era dos grandes projetos na Amazônia e implicou no revigoramento econômico depois do declínio da economia da borracha, sendo também elementar à expansão urbana que viveu e vive a capital amazonense. Acompanhar os processos produtivos permitiu aos alunos entender a dimensão de um projeto como a Zona Franca, evidenciando a complexidade produtiva local e as conexões interregionais que se efetivam a partir das interações entre produção, distribuição e consumo das mercadorias”, afirmou Carvalho.
Para a acadêmica Emilly Marjury, o nível de desenvolvimento tecnológico foi algo que chamou bastante atenção, especialmente, na visita à Samsung Eletrônica da Amazônia. “Percebe-se o alto grau de automatização da produção. Não só isso, mas também a tecnologia por todas as partes da fábrica, com televisões, videogame e robôs programados que andavam por ela levando materiais sensíveis. Espera-se que o progresso tecnológico, ao eliminar determinados empregos manuais e de menor remuneração, acarrete na criação de novos empregos mais qualificados, como esperam os supervisores da fábrica”, destacou Marjury.
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