A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) realizou, nesta quinta-feira (6), o treinamento “ESG – Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança)”, ministrado em parceria com o Centro da Indústria do Amazonas (Cieam). A capacitação teve como objetivo disseminar conhecimento e estimular o debate interno sobre práticas sustentáveis dentro da Suframa e posteriormente na política pública da Zona Franca de Manaus.
ESG é um conjunto de critérios ambientais, sociais e de governança que avaliam o comprometimento das empresas com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Esses três pilares guiam as práticas corporativas para reduzir impactos ambientais, promover a inclusão social e garantir transparência e ética na gestão.
O superintendente-adjunto executivo da Suframa, Luiz Frederico Aguiar, destacou a importância da iniciativa o entendimento sobre ESG dentro da Autarquia. “Queremos harmonizar o entendimento sobre esses três pilares e, a partir disso, debater internamente de forma mais adequada para posteriormente pensar em regulamentação ESG na ZFM”, afirmou Aguiar. Ele também adiantou que estão em andamento negociações com o Cieam para o lançamento da iniciativa “Zona Franca mais ESG “, que será apresentada no segundo fórum do tema, previsto para 21 de março.
A palestra foi conduzida pelas integrantes do comitê ESG do Cieam, Fernanda Rios, que é especialista em ESG e Sustentabilidade, e Juliana Teixeira, bióloga. Durante sua apresentação, Fernanda esclareceu equívocos comuns sobre ESG. “Não é ativismo ambiental. É muito legal falar de Greta Thunberg ou Leonardo DiCaprio, mas ESG não é ativismo. Tampouco é marketing ou simples doações. ESG é uma jornada, não uma ação isolada”, explicou a especialista.
O pilar ambiental, apresentado por Juliana Teixeira, discutiu melhores práticas como a implementação de auditorias internas e externas, a definição de metas mensuráveis e a necessidade de transparência na tomada de decisão. Entre os desafios atuais, foram citadas as mudanças climáticas, que acarretam problemas na logística, como foi a questão dos períodos de seca recentes, a gestão de resíduos e os baixos índices de reciclagem.
O treinamento abordou os principais benefícios da adoção de práticas ESG, como a redução de riscos, a atração de investimentos sustentáveis e a melhoria da relação com stakeholders. No contexto da Zona Franca de Manaus, destacou-se a importância da inovação, com ênfase na tecnologia verde e na bioeconomia, além da governança e da ética na gestão de recursos públicos.
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