O “1º Encontro do Ecossistema de Inovação da Amazônia Ocidental e Amapá” foi encerrado nesta quarta-feira (27), no auditório da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com uma programação ampla que incluiu workshop sobre o processo de credenciamento junto ao Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda), palestra do Instituto Einstein, oficina sobre a elaboração do Plano de Utilização de Recursos (PUR), mesa-redonda com executivos de empresas beneficiárias da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus e visita técnica ao Instituto Conecthus.
Promovido pela Suframa, de forma conjunta com diversos órgãos, empresas e entidades parceiras, o encontro foi aberto na terça-feira (26) e teve o objetivo de integrar os principais atores do ecossistema de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Amazônia Ocidental e do Amapá, além de transmitir conhecimentos e informações que permitam a descentralização dos recursos oriundos da Lei de Informática e estimular, assim, maior volume de investimentos em toda a área de atuação da Autarquia.
A participação – tanto remota quanto física – de representantes de órgãos governamentais, instituições de ensino e tecnológicas (ICTs), startups e aceleradoras dos Estados de Roraima, Rondônia, Acre e Amapá – foi um dos destaques da programação do encontro, especialmente no dia do encerramento. Além de assistirem às palestras e apresentações dos especialistas, os participantes desses Estados também puderam esclarecer dúvidas sobre casos específicos das localidades em que atuam.
A assessora técnica da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de Rondônia, Joaneide Muniz Lobato, disse que foi muito positivo participar do Encontro porque conseguiu aprender mais sobre a temática de PD&I e agora poderá levar as informações que foram apresentadas em busca de entender como o governo de Rondônia pode participar de forma mais ampla desse cenário de desenvolvimento.
“Pudemos entender melhor todo esse processo dos programas existentes aqui no Amazonas, mas que não só para o Amazonas, incluem também os demais Estados, e saber de que forma podemos apresentar projetos para também ser contemplados com os recursos. Agradecemos o convite que a Suframa nos fez, estamos muito contentes por ter participado e agora vamos buscar estudar essa gama enorme de informações para pensar nas demandas e possibilidades específicas de Rondônia”, disse Lobato.
Já o professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Melque da Costa Lima, disse que o objetivo da participação no evento – angariar conhecimentos e construir interações que permitam aprimorar as atividades desenvolvidas na Unifap – foi alcançado plenamente.
“Se eu tivesse que dar uma nota para esse encontro seria a nota total. Foi um aprendizado para a gente, porque nós pudemos conhecer um pouco do regramento institucional, do que é a Suframa, sobre as empresas, os programas prioritários, a forma de capacitação e de apresentação dos projetos, desde a sua exposição inicial até a aplicabilidade. Tenho certeza que nós vamos levar esses conhecimentos para o Amapá em prol de melhorar as atividades da universidade, que são o ensino, a pesquisa e a extensão”, disse Lima.
Ao final do evento, o superintendente-adjunto Executivo da Suframa, Frederico Aguiar, reiterou os agradecimentos da Autarquia a todos os participantes e órgãos e entidades parceiros que contribuíram para a realização do Encontro, o qual foi idealizado como mais uma importante ação dentro do Plano de Integração Regional e Interiorização do Desenvolvimento (PIRD).
“Agradecemos todos os colegas servidores atuantes na sede e nas regionais, as empresas, o MCTI e os diversos agentes do ecossistema de inovação, o qual nos dá muita alegria pelos resultados e avanços obtidos nos últimos anos e também por contar com diversas lideranças femininas”, destacou Aguiar.
“A atual gestão da Suframa, desde o início, priorizou um processo muito forte de integração regional, não apenas para integrar a Autarquia aos demais entes governamentais, mas também principalmente para aproximá-la dos Estados que compõem a área de jurisdição da Suframa.
Nossa mensagem principal é que somos, no nome, Zona Franca de Manaus, mas, na essência, somos também Roraima, Acre, Amapá e Rondônia, pois apesar de fisicamente estar associada a Manaus, a Zona Franca gera investimentos em toda a região. Nossa intenção é que o ecossistema de inovação possa estar cada vez mais integrado para que seja, de fato, um ambiente representativo de toda a Amazônia Ocidental e do Amapá, bastante forte, integrado, gerando inovação, tecnologia, produtos, serviços, investimentos, e para que nós sejamos um centro econômico e tecnológico de referência no País”, complementou o superintendente-adjunto.
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