A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) promoveu uma visita técnica à Fazenda Aruanã, em Itacoatiara (distante 176 quilômetros de Manaus) com o objetivo de explorar as oportunidades de exportação da castanha. Esta iniciativa reuniu membros da ApexBrasil e empresários especializados na cadeia produtiva da castanha, com o intuito de analisar de perto a viabilidade e os processos envolvidos na exportação deste produto da região.
Durante a visita, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto o cultivo e o beneficiamento da castanha, adquirindo conhecimentos técnicos que poderão ser aplicados no desenvolvimento de novas práticas agrícolas sustentáveis. Além disso, a visita teve como foco a recuperação de áreas degradadas na região amazônica, visando promover não apenas o crescimento econômico, mas também a preservação ambiental.
Com uma extensão de 3,7 mil hectares dedicados ao plantio de castanha, a Fazenda Aruanã também abrange áreas de cultivo de pupunha e cumaru, destacando-se como um importante polo produtor na região. Segundo o gerente das Cadeias Regionais da Sedecti, Luiz Bernardo Pinto, o objetivo geral da visita foi conhecer a expertise e o processo produtivo para adequá-lo ao objetivo de alcançar o mercado externo.
“A Sedecti está articulando junto a ApexBrasil e os empresários que trabalham com a cadeia produtiva da castanha do Brasil dentro do estado do Amazonas e, principalmente, na Amazônia como um todo, a possibilidade de exportação. A princípio, nossa visita foi para conhecer o trabalho da Fazenda Aruanã, tanto na parte da clonagem, quanto na produção e, principalmente, nas mudas que eles fazem replantio”, pontuou.
Além dos benefícios econômicos, a cadeia da castanha desempenha um papel crucial no desenvolvimento social e ambiental da Amazônia. De acordo com o gerente, por meio dessa colaboração entre setores público e privado, busca-se não apenas expandir o mercado internacional para a castanha, mas também garantir sua produção sustentável e o bem-estar das comunidades envolvidas.
“A safra da castanha, que ocorre de janeiro a maio, é seguida pelo processo de beneficiamento entre junho e outubro. Com um prazo de quinze anos para que uma castanheira enxertada atinja a produção de ouriços, a industrialização do produto permite uma durabilidade de dois anos na prateleira”, destacou
A ApexBrasil, em colaboração com 13 empreendimentos, incluindo cinco no Amazonas, está liderando esforços para destravar os obstáculos à exportação da castanha do Brasil, priorizando a sustentabilidade, o apoio às comunidades tradicionais e o beneficiamento industrial do produto. Esta iniciativa visa fortalecer o diálogo entre os diversos atores da cadeia, promover parcerias estratégicas e melhorar o ambiente de negócios para impulsionar a exportação.
A visita à Fazenda Aruanã contou com a presença do gerente das Cadeias Regionais da Sedecti, Luiz Bernardo, da secretária das Câmaras Setoriais, Ana Veloso, e da estatística Nayra Moumeh.
Fotos: Divulgação/ Sedecti