O Rio Negro está a menos de dois metros da seca histórica de 2023, em Manaus. Segundo a Defesa Civil do Amazonas, nesta segunda-feira (23), o rio está medindo 14,49 metros, 1,70 metro a mais que a cota mais baixa já registrada em 121 anos de medição: 12,70 metros
Manaus está em situação de emergência por conta da seca do rio, que é um afluente do Rio Amazonas. A praia da Ponta Negra, principal balneário da cidade já foi fechada para banho, devido ao baixo nível do rio. No Porto da Capital, a seca também tem mudado a paisagem do local. A cidade pode, inclusive, sofrer com a escassez de peixes.
A previsão inicial do governo do estado é de que, neste ano, o Amazonas tenha uma seca severa nos mesmos moldes ou até pior do que o estado viveu no ano passado.
Só em agosto deste ano, o rio desceu cinco metros. Em setembro, o rio começou o mês medindo 19,73 metros e nesta segunda está em 14,49 metros. Ou seja, considerando os 23 primeiros dias do mês, as águas já retrocederam 5,24 metros.
Só entre sexta-feira (20) e está segunda, o rio desceu 61 centímetros. Nas últimas 24h, foram 24 centímetros negativos, o monitoramento aponta ainda que o Rio Negro está em estado crítico de vazante.
Apesar do problema, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) acreditam que o rio não deve atingir a cota da seca de 2023, que foi de 12,70 metros. A previsão para este ano é de que o nível das águas fique em torno de 14 a 15 metros, o que já é considerado muito baixo.
A situação também é crítica em todas as demais calhas de rios do estado. Em Tabatinga, na Região do Alto Solimões, o Rio Solimões enfrenta a pior vazante da história e mede, nesta segunda, -2,28 metros.
Em Itacoatiara, na região do Médio Amazonas, o Rio Amazonas está medindo 3,16 metros. Já em Coari, as águas do Rio Solimões estão em 1,54 metros. Por fim, em Parintins, no Baixo Amazonas, o rio também está negativo. Por lá, as águas estão em -0,76 metros.
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