A projeção para o crescimento da economia brasileira em 2023 recebeu um impulso, elevando-se de 2,84% para 2,92%, conforme revelado pelo Banco Central, em Brasília, a pesquisa é semanal e apresenta as projeções para os principais indicadores econômicos.
Para o próximo ano, a expectativa é de um crescimento de 1,51% no Produto Interno Bruto (PIB), representando a soma dos bens e serviços produzidos no país. Já para 2025 e 2026, o mercado financeiro antecipa uma expansão do PIB em 2% para ambos os anos.
O desempenho econômico brasileiro no terceiro trimestre deste ano superou as projeções, registrando um aumento de 0,1% em comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao longo do ano, a alta acumulada atingiu 3,2%.
Com esse resultado, o PIB alcança novamente o seu ponto mais elevado na série histórica, ficando 7,2% acima do nível pré-pandemia, que foi registrado nos últimos três meses de 2019. Esses indicadores sinalizam um panorama positivo para a economia brasileira, destacando sua resiliência e recuperação robusta após os desafios enfrentados nos últimos anos
Taxa de Juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.
O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela terceira vez no semestre. O clico de cortes deve ser mantido na reunião dessa semana do Copom, que ocorre nesta terça (12) e quarta-feira (13). A expectativa do mercado é de um corte de 0,5 ponto percentual, para que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano.
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Analistas
Para o fim de 2024, a estimativa dos analistas é de que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano, para os dois anos.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Por fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,95 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5.