Em agosto de 2024, a produção de energia solar no Brasil atingiu 3.420 MW médios, segundo dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse resultado representa um crescimento notável de 32% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando a produção foi de 2.578 MW médios. Este avanço é um reflexo da expansão contínua do setor fotovoltaico no país, impulsionado por novos investimentos em instalações solares e pela crescente adesão de consumidores e empresas à energia solar. A ampliação da capacidade instalada, as melhorias tecnológicas e o aumento da eficiência dos sistemas têm sido fundamentais para este progresso.
A crescente produção de energia solar sublinha a importância da energia fotovoltaica no mix energético brasileiro. Em um cenário global que busca alternativas mais sustentáveis e limpas, o Brasil se destaca por sua capacidade de aproveitar a abundante luz solar para gerar eletricidade, diminuindo a dependência de fontes fósseis e ajudando a reduzir as emissões de carbono.
No período analisado, também houve crescimento na produção de energia em usinas eólicas e térmicas, com aumentos de 29,1% e 23,3%, respectivamente. No entanto, as hidrelétricas enfrentaram uma redução de 10%. No total, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) chegou a 71.365 MW médios, marcando um crescimento de 3,4% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
O relatório da CCEE destacou que, devido às temperaturas mais baixas em grande parte do país em relação a agosto de 2023, os estados com maiores quedas no consumo foram Acre (-9,3%), Mato Grosso (-7,6%) e Piauí (-4,9%). Em contraste, os estados com os maiores aumentos no consumo foram Espírito Santo (10,2%), Maranhão (8,6%), Rio Grande do Sul (7,4%) e Amazonas (6,1%).
Nos setores econômicos, o maior crescimento foi observado na extração de minerais metálicos (10,4%), seguido por saneamento (7,7%), madeira, papel e celulose (6,7%) e manufaturados diversos (5,7%). As maiores quedas foram nos setores de telecomunicações (-4,3%) e têxteis (-1,3%). Além disso, 2.533 unidades consumidoras migraram para o mercado livre de energia, com a maioria contratando uma demanda de até 0,1 MW médios.
As previsões para a demanda de carga indicam um crescimento no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todos os seus subsistemas. Para o SIN, a expectativa é de uma expansão de 3,2% (79.679 MW médios), superando o aumento de 1,5% previsto anteriormente. A maior elevação é esperada no Norte, com 8,8% (8.371 MW médios), seguida pelo Sul, com 5,1% (13.280 MW médios). As previsões para o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste são de 3% (13.034 MW médios) e 1,8% (44.994 MW médios), respectivamente, comparando o final de setembro de 2024 com o mesmo período do ano passado.
Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), todos os subsistemas estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT). O Sul deve alcançar 53% da MLT no último dia do mês, seguido pelo Norte com 49%, o Sudeste/Centro-Oeste com 48%, e o Nordeste com o índice mais baixo de 42% da MLT.
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