Na abertura da FesPIM, a prestigiosa feira de sustentabilidade do polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM), promovida pela Suframa, os olhares se voltaram para as notáveis pesquisas conduzidas pelo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA). O evento, que se estenderá até o dia 9, destaca a relevância do modelo econômico para a Amazônia, sublinhando ainda o compromisso das empresas da região com a preservação ambiental.
Uma das pesquisas de destaque apresentadas no CBA é a aplicação do curauá na substituição parcial da fibra de vidro em componentes de aparelhos celulares, na indústria automotiva e na produção têxtil. O curauá, planta nativa da Amazônia, é reconhecido pelas suas folhas, das quais é extraída a fibra utilizada na fabricação de uma variedade de produtos.
Outra pesquisa que cativou a atenção do público é a inovação do couro vegano. No estudo realizado pelo CBA, esse couro é produzido a partir da celulose bacteriana e do bioplástico feito com resíduos de amido de mandioca. Esse material oferece a promessa de aprimorar as condições de armazenamento de alimentos.
Elias Araújo, diretor-geral do CBA, enfatizou a importância da FesPIM como plataforma de divulgação das pesquisas e como um meio para mostrar o potencial dos bionegócios na Amazônia. Ele afirmou: “O mundo precisa conhecer as potencialidades econômicas de nossa floresta e é isso que estamos promovendo aqui na FesPIM. Queremos e temos todas as condições para incentivar a criação de novos negócios a partir da biodiversidade amazônica, sempre com o compromisso de promover a sustentabilidade.”
Ainda segundo Elias, a feira é uma grande oportunidade de projeção e de mostrar também para todos os empresários, o ecossistema, de tudo aquilo que o polo industrial de Manaus tem de bom no seu polo produtivo. A sustentabilidade é o mecanismo que irá oferecer para a região amazônica as novas mudanças e as novas transformações no que tanje os produtos com marca Amazônia. A coisa mais importante da feira este ano foi a inceção do Centro de Bionegócio da Amazônia, o CBA, que hoje é gerido pela Fundação Universita de Estudos Amazônicos. Durante o evento grupos de pesquisadores e parceiros como Embrapa, IPT, UEA, estão mostrando as pesquisas e o potencial da bioeconomia na região norte.
De acordo com Simone da Silva, Pesquisadora e Gerente da área de Biotecnologia Vegetal do CBA, a participação do CBA na Fespim 2023 é de suma importância para a divulgação dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pelo Centro nos últimos anos e das potencialidades de novos produtos, novas parcerias, novos projetos a serem realizados a partir de agora. Durante esses três dias de evento, o público poderá visualizar os projetos realizados com a fibra do curauá para diferentes segmentos industriais, trabalhos feitos para a produção de bioplástico, couro vegano, bioinsumos a partir da biodiversidade amazônica, novos corantes, também trabalhos com alimentos provenientes de insumos da biodiversidade amazônica, será uma oportunidade ímpar para que o público possa conhecer mais sobre a Amazônia e mais sobre o CBA.
A feira realizada pela Suframa continua até o dia 9 e tem como objetivo enfatizar a importância do modelo econômico para a Amazônia e reforçar o compromisso das empresas locais com a preservação ambiental.