Pesquisa apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), analisou as relações dos ribeirinhos com o uso dos recursos naturais, em especial, pesqueiros, no sentido de subsidiar a elaboração de políticas de ordenamento mais assertivas. O levantamento socioeconômico foi realizado nas comunidades Bela Vista do Jaraqui e Araras, situadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, no Rio Negro, região rural de Manaus.
O projeto foi amparado pelo Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas, da Fapeam, e coordenado pela doutora em Ciências Pesqueiras nos Trópicos pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Maria Angélica de Almeida Corrêa, com o objetivo de entender o comportamento dos pescadores artesanais da Amazônia Central e de comunidades tradicionais para a tomada de decisões, com base nos incentivos econômicos, sociais, políticos e ambientais, a fim de estimar modelos de gestão mais eficazes.
Após o levantamento socioeconômico das comunidades da RDS Puranga Conquista, foram possíveis a criação de banco de dados socioeconômico, a identificação das atividades produtivas da reserva e a simulação de modelos dinâmicos com uso de variáveis econômicas, ambientais, sociais e políticas, que influenciam a tomada de decisões. A pesquisa permitiu a indicação de variáveis e a promoção do entendimento dos perfis do profissional da pesca, além do modo de atuação e participação das políticas de ordenamento pesqueiro e ambientais da Região Amazônica.
“Com o estudo foi possível promover orientações de Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibics) e Trabalho de Conclusão de Curso (TCCs), além de atividades de extensão nas comunidades”, observou a coordenadora, que também atua como como professora do curso de Engenharia de Pesca da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), da Ufam.
Para ela, o apoio da Fapeam foi primordial para que estudos como esse possam verificar o entendimento da região, dos desafios, da grandeza e das variáveis inigualáveis, as quais a região é submetida, “uma vez que somente quem atua localmente, entende essas dificuldades na sua integralidade”, completou Maria Angélica Corrêa.
O Programa financia atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, ou de transferência tecnológica, em todas as áreas de conhecimento, que representem contribuição significativa para o desenvolvimento do Amazonas.
Portfólio de Pesquisas
Essa e outras pesquisas coordenadas exclusivamente por mulheres cientistas que atuam na capital e no interior do Amazonas, com o apoio do Governo do Estado, estão disponíveis no Portfólio de Investimentos e Resultados de Pesquisas do Amazonas – Vol.03, organizado pela Fapeam, sendo um total de 50 estudos já finalizados. Para saber mais acesse o link a seguir: https://drive.google.com/file/d/1jG8KQn9BO0Em9DI3i7cVz7wpC2Eur2j6/view?usp=drive_link
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