Após um período de estabilidade em 2023, indicadores recentes apontam para um aumento no desemprego em diversas regiões do mundo neste ano de 2024. É o que mostra o relatório de Emprego Mundial e Perspectivas Sociais de 2024, publicado nesta quarta-feira (10).
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), espera-se que mais dois milhões de pessoas estarão procurando emprego nos próximos 12 meses. O relatório da organização, parte do “Sistema ONU”, destaca uma desaceleração na recuperação econômica que se intensificou ao longo de 2023.
Fatores como tensões geopolíticas contínuas, bem como uma inflação persistente e generalizada, desencadearam movimentos agressivo por parte dos bancos centrais.
As autoridades monetárias, tanto em economias avançadas quanto emergentes, implementaram o aumento mais rápido nas taxas de juros desde os anos 1980, gerando repercussões significativas em escala global.
Com a inflação significativamente acima das metas estabelecidas, os bancos centrais devem manter uma postura rígida em relação às condições monetárias, pelo menos até o final de 2024, diz o documento.
Em 2023, a taxa de desemprego global foi de 5,1%, uma melhoria em relação a 2022, quando o número registrado foi de 5,3%.
Para 2024, segundo o relatório, é esperado que o desemprego fique em 5.2%, ou seja, irá aumentar.
Desemprego no Brasil
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,5% no trimestre móvel encerrado em novembro, segundo dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Conforme os números divulgados no dia 29 de dezembro, a população empregada do país atingiu um novo recorde, de 100,5 milhões (quase 50% da população brasileira), um crescimento de 0,9% (853 mil pessoas) em comparação ao trimestre anterior e de 0,8% (815 mil pessoas) no ano.
No trimestre móvel de setembro a novembro de 2022, a taxa de desocupação no país era de 8,1%.