O Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica (ISI-ME) prepara-se para ter sua Sala Limpa. Trata de um ambiente no qual a limpeza do ar (controle de partículas de poeira), temperatura e umidade são controladas, fundamentais para a fabricação de protótipos de chips semicondutores (microeletrônica) – razão de existência do Instituto que se caracteriza por apoiar as indústrias amazonenses e brasileiras com serviços de P&D+I de novos produtos eletrônicos, incluindo os seus softwares e aplicativos de configuração e operação. A sala será instalada no novo prédio do ISI-ME, localizado no Av. Gov. Danilo de Matos Areosa, 115 – Distrito Industrial.
Para dar andamento ao projeto, o diretor regional do SENAI Amazonas, Rogério Pereira, o diretor executivo do SENAI/AM, Rafael Lobo e o diretor do ISI-ME, Élvio Dutra, receberam o consultor e engenheiro industrial e CEO da ReinTech, empresa especializada em tecnologia para controle de contaminação, Eduardo Rein, na sede do ISI-ME.
O projeto de instalação da Sala Limpa conta o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). As novas instalações serão capazes de amplificar todas as potencialidades tecnológicas do Instituto que atualmente tem trabalhado em dois projetos tecnológicos, um para a Eletronorte e outro para a empresa Hana Electronics Indústria e Comércio.
“O projeto que desenvolvemos com a Eletronorte começou quando participamos de um edital no qual concorremos com outras propostas e ficamos entre as cinco selecionadas. O objetivo era montar um portfólio de projetos para a Usina Hidrelétrica de Balbina”, relata Élvio Dutra, ao explicar que o projeto em desenvolvimento, denominado como “Balbina Green Conection”, baseia-se na construção do primeiro motor de combustão a hidrogênio para movimentar um motor gerador elétrico do Brasil.
A proposta, cujo o diferencial está na queima do hidrogênio verde, vai proporcionar a produção de energia elétrica limpa e ecologicamente correta. Fruto de parceria, a empresa MWM International, líder na área de produção de motores a diesel, será responsável por trabalhar a parte mecânica do projeto, enquanto a equipe do ISI-ME ficará com a parte elétrica. “Estamos com a integração de sistema e na parte de software que está ligada a calibração com os pontos de funcionamento do motor”, esclarece Dutra.
De acordo com o diretor, o segundo projeto já está sendo executado e usa recursos da Zona Franca de Manaus, por meio da Suframa e do Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (CAPDA), com a coordenação do Centro Internacional de Tecnologia de Software (CITS). “Estamos desenvolvendo a utilização de alguns plásticos específicos para substrato de microchip. Para isso estamos fazemos deposição de filmes finos de metais para verificar a estrutura dessa deposição e se ela é adequada para o processo de fabricação de microchip”.
Para a realização da proposta para a empresa Hana Electronics Indústria e Comércio, Dutra destaca a contratação do químico industrial e mestre em engenharia de materiais, Fagnaldo Braga Pontes, como parte de grande contribuição ao trabalho desenvolvido.