Uma iniciativa revelou a potencialidade do território quilombola da Comunidade Gibirié de São Lourenço, em Barcarena. Com a geração de renda e a manutenção da preservação do meio ambiente, os moradores da comunidade descobriram nas abelhas uma grande oportunidade de unir dois atributos importantes: um negócio rentável e a sustentabilidade.Iniciativa promove o desenvolvimento
O Projeto Abelhas e Flores, foi aprovado no eixo de Sociobiodiversidade da Plataforma Conexões Sustentáveis, promovida pelo Fundo de Sustentabilidade Hydro. A iniciativa ajuda os quilombolas a gerar renda complementar e combater os impactos socioambientais na região, por meio do fortalecimento da Associação da Comunidade Quilombolas e Indígenas Gibiriés de São Lourenço.
Com a capacitação dos moradores em meliponicultora, que é a criação de abelhas sem ferrão; já foram produzidos mais de 700 kg de adubo; mais de 600 mudas de plantas frutíferas, medicinais, ornamentais e arbóreas, com a comercialização dessas mudas no mercado local, e ainda a produção de própolis. A associação é responsável pela administração e distribuição do lucro das vendas.
Para Vanda dos Santos, uma das responsáveis pelo viveiro de plantas, o comprometimento dos participantes trouxe grande felicidade para todos. “Nós somos uma família, aqui todos têm responsabilidades, nós temos momentos de união e aprendizado em torno da nossa terra. Isso aqui é a minha vida, vamos sempre nos proteger e tornar nosso lugar melhor”, conta.
“A maioria dos participantes do projeto são mulheres, em torno de 30 beneficiárias. Além de potencial para geração de renda, o projeto nos ensinou a ter mais dedicação na preservação do meio ambiente, melhorou o relacionamento entre os membros da comunidade e as mulheres se sentem mais valorizadas, com objetivos de vida, o que não acontecia antes. O projeto superou nossas expectativas iniciais e vamos continuar com ele, porque está nos trazendo lucro e nos fortalecendo enquanto comunidade. Temos o viveiro de mudas de plantas prontas para comercializar e com constante preparação de novas mudas”, afirma Josenite dos Santos, coordenadora do Abelhas e Flores.
Leia também: Selo Indígena do Brasil agora certifica origem de produtos