Promover a cultura do empreendedorismo na Amazônia profunda por meio da inovação e do desenvolvimento de bionegócios sustentáveis. Essa é a missão da Incubadora de Negócios da Floresta, criada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que em 2022 foi responsável por fomentar 15% dos empreendimentos incubados na região Norte do Brasil, gerando um faturamento de R$ 850 mil.
Por meio de seu modelo estratégico, a incubadora da FAS contribui para o desenvolvimento de negócios capazes de gerar um impacto positivo nas comunidades locais. No ano passado, a incubadora apoiou cinco empreendimentos que beneficiaram 48 comunidades localizadas em quatro Unidades de Conservação (UCs), envolvendo diretamente 272 famílias.
Os negócios incubados pela FAS alcançaram 5% dos R$ 17 milhões faturados pelas empresas graduadas na região, totalizando R$ 850 mil, e geraram 10% dos postos de trabalho nas empresas atendidas por incubadoras, de acordo com dados da incubadora. Uma importante conquista da incubadora da FAS foi a certificação concedida em 2022 pelo Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne), CERNE I, da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Essa certificação reconhece e valida, em âmbito nacional, o método de gestão, processos e práticas-chave realizados pela incubadora.
Segundo o gerente do Programa Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da Amazônia (Pensa) da FAS, Wildney Mourão, as conquistas da incubadora comprovam a capacidade de gerar e fomentar empreendimentos inovadores e bem-sucedidos nas UCs da Amazônia profunda.
“A incubadora atende 44% das unidades de conservação onde a FAS atua e vem cumprindo seu objetivo de estimular e consolidar uma cultura de empreendedorismo e inovação na Amazônia, fortalecendo os negócios sustentáveis que geram impacto positivo para as comunidades e contribuem para o desenvolvimento de cadeias produtivas características da região, como a cadeia do pirarucu, castanha, artesanato, turismo, entre outras”, afirma Wildney.
A incubadora da FAS atua por meio de processos de formação empreendedora, mentoria, desenvolvimento de produtos/serviços e intercâmbio de experiências, apoiando novos empreendimentos sustentáveis e inovadores na Amazônia e fortalecendo os já existentes.
Um dos empreendimentos apoiados pela iniciativa é o restaurante Sumimi, localizado as margens do Rio Cuieiras, a 60 quilômetros de Manaus, na comunidade Três Unidos. O local é comandado por Naurilene Cruz da Silva, indígena Kambeba, e oferece uma experiência gastronômica amazônica.
“Já são 11 anos nesse empreendimento que começou como uma parceria com a FAS e se tornou um negócio de turismo de base comunitária. Ao lado de outras mulheres, nós recebemos mentorias e orientações da incubadora que ajudam a definir o funcionamento, objetivos e também identificar as necessidades do nosso negócio”, explica a empreendedora.
A incubadora conta com o apoio do programa ‘Pró-Incubadoras Edital 010/2019’ da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e que tem o objetivo de ampliar o número e a qualidade de empreendimentos inovadores no estado por meio do financiamento da estruturação e o desenvolvimento e interação de incubadoras de empresas novas e existentes para adequação ao modelo Cerne.