O ex-ministro da Fazenda e diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados no Banco Safra, Joaquim Levy, em reunião ontem (1º) na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), disse que para o Brasil dar certo, a Amazônia tem que dar ainda mais certo. “A gente sabe os desafios que têm aqui, temos 250 mil pessoas que precisam melhorar a renda, têm que ter segurança, educação e isso só vai acontecer através do trabalho”, avaliou, para acrescentar que, diante dos desafios, as políticas públicas têm que estar compatíveis com essa visão.
O presidente da FIEAM, Antonio Silva, destacou a importância da palestra de Levy para a avaliação do cenário econômico, principalmente quanto aos desafios impostos ao país e ao Amazonas. “Especialmente, pela necessidade de darmos andamento às profundas mudanças que o Brasil precisa, para tornar-se mais competitivo e produtivo”, afirmou Silva, ao destacar a reforma tributária.
“Em particular, me refiro à reforma tributária, em um primeiro momento, e à reforma administrativa, em seguida, a fim de que possamos reduzir o peso do Estado na economia, e torná-la mais atraente aos investimentos de longo prazo e de forma sustentável”, disse o presidente da FIEAM.
Para Levy, a Zona Franca de Manaus precisa crescer em um cenário de reforma tributária, estabilidade fiscal e, principalmente, em geração de emprego. “A reforma tributária tem vários méritos, a simplificação é uma delas. Se você realmente passar tudo para créditos financeiros e digitalizar toda a cobrança, se você pagar os créditos imediatamente, tudo isso, dá fôlego para as empresas”, argumentou.
Para o ex-ministro a nossa economia está um pouco desarrumada, mas não está desequilibrada. “As nossas exportações continuam fortes. Nossas importações não estão excessivas, então isso dá uma tranquilidade para a economia do país”, apontou.
Participaram da reunião, além de diretores da FIEAM e representantes do Banco Safra, convidados como o diretor-presidente do Grupo Bemol, Denis Minev, o presidente da empresa TV Lar, Antônio Azevedo, diretor-presidente da Samel, o Luís Alberto Nicolau, entre outros representantes da indústria, comércio e serviço.