O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou hoje os valores dos rendimentos domiciliares per capita referentes ao ano de 2022 para o Brasil e suas Unidades da Federação. Esses dados foram calculados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, uma das mais importantes ferramentas de análise socioeconômica do país.
De acordo com o IBGE, o rendimento domiciliar per capita médio para o Brasil em 2022 foi de R$ 1.625. No entanto, esse valor varia consideravelmente entre as diferentes regiões do país. O estado com o menor rendimento domiciliar per capita é o Maranhão, com R$ 814, enquanto o Distrito Federal apresenta o maior valor, com R$ 2.913.
Essa divulgação dos rendimentos domiciliares per capita é parte de um compromisso legal estabelecido pela Lei Complementar 143/2013, que define os critérios para o rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). Além disso, esses dados são fundamentais para o cálculo dos fatores que representam o inverso do rendimento domiciliar per capita, que são utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O cálculo do rendimento domiciliar per capita é feito dividindo-se o total dos rendimentos domiciliares, incluindo rendimentos de trabalho e de outras fontes, pelo número total de moradores de um domicílio. Isso significa que todos os moradores, incluindo pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empregados domésticos, são considerados no cálculo.
Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos de trabalho e de outras fontes efetivamente recebidos durante o ano de 2022, acumulando informações coletadas ao longo dos quatro trimestres da PNAD Contínua.
A tabela de rendimento nominal mensal domiciliar per capita das Unidades da Federação em 2022 é a seguinte:
| Unidades da Federação | Rendimento Nominal Mensal Domiciliar Per Capita (R$) |
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| Brasil | 1.625 |
| Rondônia | 1.365 |
| Acre | 1.038 |
| Amazonas | 965 |
| Roraima (1) | 1.242 |
| Pará | 1.061 |
| Amapá | 1.177 |
| Tocantins | 1.379 |
| Maranhão | 814 |
| Piauí | 1.110 |
| Ceará | 1.050 |
| Rio Grande do Norte | 1.267 |
| Paraíba | 1.096 |
| Pernambuco | 1.010 |
| Alagoas | 935 |
| Sergipe | 1.187 |
| Bahia | 1.010 |
| Minas Gerais | 1.529 |
| Espírito Santo | 1.723 |
| Rio de Janeiro | 1.971 |
| São Paulo | 2.148 |
| Paraná | 1.846 |
| Santa Catarina | 2.018 |
| Rio Grande do Sul | 2.087 |
| Mato Grosso do Sul | 1.839 |
| Mato Grosso | 1.674 |
| Goiás | 1.619 |
| Distrito Federal | 2.913 |
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| Nota (1) | Em cumprimento ao Mandado de Segurança – Ação Judicial: 1000261-89.2020.4.01.4200, o Rendimento per capita 2022 para o Estado de Roraima é R$ 1.166. |
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| Fonte: | IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua – 2022. |
É importante observar que, devido a uma ação judicial, o rendimento per capita para o Estado de Roraima é de R$ 1.166.
A PNAD Contínua é uma pesquisa domiciliar amostral realizada pelo IBGE desde janeiro de 2012, com o objetivo de acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução da força de trabalho, além de fornecer informações essenciais para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.
Nos últimos anos, o contexto da pandemia de COVID-19 impactou as taxas de coleta de dados da pesquisa. Em 2020 e 2021, houve uma mudança significativa na coleta, que passou a ser feita por telefone devido ao isolamento social. Em 2022, as taxas de coleta presencial e por telefone continuaram a aumentar, com um aproveitamento maior nas quintas visitas.
Esses dados sobre rendimento domiciliar per capita são cruciais para a compreensão das desigualdades socioeconômicas no Brasil e para a formulação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento e o bem-estar da população.