Representantes do Governo do Amazonas reuniram-se com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), órgãos federais e instituições convidadas, para discutir como mitigar os efeitos da estiagem nas populações mais vulneráveis, com foco especial na questão do acesso à água potável.
A reunião técnica teve temática “Resiliência para Acesso a Água em Eventos Extremos – Estiagem 2024”. Foi organizada pelo Unicef, com apoio da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas. Contou também com a presença de representantes da concessionária Águas de Manaus.
Durante o encontro, o Unicef apresentou o diagnóstico WASH, que aborda os desafios enfrentados nos segmentos de água, saneamento e higiene, enfatizando a necessidade ampliar e potencializar o alcance desses serviços em meio aos crescentes riscos provocados pelas mudanças climáticas.
De acordo com o secretário da UGPE, Marcellus Campêlo, a partir do que foi discutido na reunião, será produzido um documento com ações estratégicas que podem ser adotadas para minimizar os impactos da estiagem e das mudanças climáticas na população ribeirinha. “Este documento irá nortear e sugerir ações a serem executadas pelo governo e os demais atores envolvidos”, afirmou.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) e a UGPE, conforme explica Campêlo, coordenam, pelo Estado, as parcerias com o Unicef, atuando de forma transversal com os demais órgãos.
O oficial de Água e Saneamento do Unicef, Rodrigo Resende, destacou a importância do encontro para o compartilhamento de experiências e boas práticas, com foco nas lições aprendidas durante a severa estiagem do ano passado. “Com o fortalecimento de ações integradas entre os órgãos estaduais e Unicef, nosso objetivo é mitigar os impactos da estiagem, especialmente nas populações mais vulneráveis, como crianças e adolescentes”, explicou Resende.
Também estiveram presentes representantes da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Águas de Manaus, Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Defesa Civil, Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), além dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A reunião foi organizada em blocos, com palestras de representantes e especialistas, seguidas de uma rodada de perguntas. Após as apresentações, os participantes se dividiram em grupos para sintetizar as lições aprendidas, identificar desafios e propor soluções, com o objetivo de elaborar um Relatório Técnico de Possíveis Ações de Acesso à Água em Caso de Eventos Extremos.
FOTOS: Júlia Lobão/UGPE