O Governo do Amazonas e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) irão intensificar parcerias institucionais voltadas a soluções científicas que ajudem a reduzir os efeitos da crise climática sobre a população. As tratativas nesse sentido avançaram, nesta segunda-feira (17/06), durante reunião no campus da instituição, no bairro Coroado, zona leste de Manaus.
O vice-governador Tadeu de Souza liderou a equipe de governo composta por especialistas que discutiram, junto aos reitores e cientistas da universidade, a renovação de cooperações técnicas e o alinhamento de novos acordos. De acordo com estudos hidroclimatológicos, a previsão para o segundo semestre deste ano é de uma estiagem tão ou mais severa que a de 2023.
“Estamos prestes a, novamente, enfrentar um período extremo vinculado aos acontecimentos climáticos e a gente precisa se preparar, com o esforço humanitário e, acima de tudo, o planejamento de políticas públicas futuras. E quem vai subsidiar a reorientação dessas políticas são os formadores de conhecimento, quem produz conhecimento”, ressaltou o vice-governador.
Soluções científicas
Durante o encontro, os membros da Ufam apresentaram iniciativas que poderão servir de base para o enfrentamento do período de seca, incluindo um projeto de adaptação climática com enfoque em comunidades tradicionais e o treinamento de brigadistas para o combate a incêndios florestais.
Entre as soluções científicas, está um projeto que pode assegurar o acesso à água potável em regiões remotas por meio da fabricação de carvão ativado a partir do caroço de açaí atrelada à confecção de filtros de baixo custo.
Para o reitor da Ufam, Sylvio Puga, a cooperação com o estado pode consolidar iniciativas inovadoras. “Apresentamos os projetos mais atualizados sobre o tema das mudanças climáticas e temos certeza de que a Ufam vai oferecer importantes soluções para o problema que se avizinha”, enfatizou o reitor.
“Pela primeira vez na história do Amazonas, temos o Governo do Estado se precavendo aos eventos extremos. Para nós, da universidade, isso é muitíssimo importante, estarmos juntos nessa luta contra esses eventos extremos que são as grandes secas e as grandes cheias”, complementou a vice-reitora, Therezinha Fraxe.
Instituição centenária, a Ufam mantém, atualmente, 127 cursos de graduação e pós-graduação; seis unidades acadêmicas na capital e interior; mais de 1,2 doutores; e um programa de extensão que envolve mais de mil ações acadêmicas de ensino e pesquisa, alcançando 450 mil pessoas em todo o estado.
O reitor da UEA, André Zogahib, afirmou que a parceria entre as universidades vai ser intensificada a partir da reunião. “Nessa cooperação, estamos imbuídos de desenvolver pesquisa para ajudar nas questões climáticas que assolam o mundo, mas em particular a nossa região amazônica. É o trabalho que transforma, inclusive, no desenvolvimento da ciência, da tecnologia, do ensino, da inovação e da pesquisa”, disse.
Participação
Além do vice-governador e do reitor da UEA, também estiveram presentes na comitiva do Governo do Amazonas o diretor da Agência de Inovação (Agin) da UEA, Antônio Mesquita; e o diretor da Escola Superior de Tecnologia (EST/UEA), Jucimar Maia Jr.
Representando a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) estiveram: a secretária de Relações Institucionais, Tayana Rubim, e o coordenador do Núcleo Estadual de Fronteira (Niffam), Guilherme Villagelim.
Pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), participaram do encontro o diretor de Planejamento, Vitor Goes; a diretora técnica, Nadiele Pacheco; e a assessora de Planejamento, Lucelize Borges.
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