Com um estoque de atualmente 809,6 milhões de toneladas, o governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou durante um seminário promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresarias) do Reino Unido, nesta terça-feira (13), capacidade de geração de aproximadamente R$ 2,4 bilhões em créditos de carbono, que deverão ser usados para financiar projetos de desenvolvimento sustentável, por meio do programa Amazonas 2030.
“Esse encontro foi muito importante para mostrarmos o ponto de vista de quem mora na Amazônia e ouvir também investidores, pesquisadores, companhias e outros interessados em investir na Amazônia e tratar da agenda ambienta”, avaliou Wilson Lima.
O governador esteve, ainda, com representantes e gestores do banco BlueBay, tratando sobre o mercado de carbono no estado, e também busca parcerias com a empresa do mercado financeiro Bloomberg.
Wilson Lima também reuniu com Lord Benyon, ministro de Estado do Gabinete de Relações Exteriores, da Commonwealth e de Desenvolvimento do governo britânico, tratando sobre a política de rastreabilidade de produtos que são livres de desmatamento, uma preocupação atual do Reino Unido. Na agenda articulada pela embaixadora do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al-Qaq, e com a presença da Embaixada do Brasil, o governador levou os projetos do Amazonas e ressaltou que qualquer medida de redução da exportação de produtos amazônicos pode provocar o efeito inverso no desmatamento.
Mercado de carbono no Amazonas
O sistema inovador de Redução de Emissões provenientes do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) do Amazonas foi um dos destaques brasileiros durante a Conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP 28), realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O Amazonas é o primeiro estado do Brasil a ter um sistema misto de REDD+. Há tanto um Sistema Jurisdicional de REDD+, focado na comercialização de créditos históricos, provenientes de resultados de diminuição do desmatamento obtidos entre 2006 e 2015, como um Sistema para implementar projetos de REDD+ privados em áreas de Unidade de Conservação (UC). Este último, um dos únicos no mundo, segundo o secretário Eduardo Taveira.
“Tenho certeza que em um curto prazo, a gente vai ter recursos entrando para que a gente possa estruturar a bioeconomia, continuar o pagamento do serviço ambiental por meio do Guardiões da Floresta e aportar recursos para melhorar o sistema de meio ambiente do Estado”, afirmou Eduardo Taveira, secretário de Estado de Meio Ambiente.
O Programa Amazonas 2030 vai funcionar como um norteador dos investimentos do Estado a partir dos recursos obtidos pela venda de créditos de carbono. A meta principal da estratégia é zerar o desmatamento líquido do estado em seis anos.
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