Na Amazônia, um grupo de empreendedores está aproveitando a riqueza de biodiversidade da região para criar novos produtos sustentáveis, a tradição ancestral se mescla à inovação contemporânea, tecnologia e está gerando uma nova onda de desenvolvimento ecológico. A Floresta Amazônica, tem um ecossistema vasto e único, e despertada o interesse de empreendedores comprometidos com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento econômico das comunidades locais. Os frutos dessa iniciativa estão agora chegando ao mercado em forma de produtos que incorporam ingredientes preciosos e conhecimentos tradicionais, estabelecendo um equilíbrio entre progresso e conservação.mpreendedores Transformam Biodiversidade
Segundo Bruno Alencar, CEO, na Amazônia Venture Builder, é extremamente importante desenvolver negócios e inovação que preservem a biodiversidade e os aspectos ambientais, sociais e econômicos da região. A Amazônia Venture Builder tem uma tese de buscar investidores, empreendedores e startups que gerem impacto social e ambiental na Amazônia. Então com a nossa tese a gente busca trazer essa biodiversidade. Hoje temos três startups no nosso portfólio que são startups de impacto social, econômico e ambiental dentro da Amazônia, desde startups de tecnologia voltadas à empregabilidade, como startups de coleta de resíduos em rios, startups voltadas para coleta de resíduos, startups voltadas para produtos biocosméticos da Amazônia.
O Potencial da Biodiversidade Amazônica
Andiroba, Babaçu, Buriti, Castanha do Pará, Cupuaçu e Ucuuba todos conhecem esses produtos da regoão, esseas são apenas algumas das jóias encontradas na flora amazônica, exploradas há gerações pelos povos tradicionais da região. Hoje, esses tesouros naturais viram produtos para serem utilizados na estética e ganham o mundo através de empresas multinacionais e também de empreendimentos locais, como a Biozer da Amazônia, uma startup que cresceu a partir do trabalho de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
A Biozer da Amazônia, fundada em 2008, inicialmente focou em pesquisa e desenvolvimento. No entanto, em 2016, passou por uma transformação significativa, migrando de um laboratório para o mercado de cosméticos fitoterápicos e alimentos funcionais. O objetivo era encurtar o caminho entre a academia e a iniciativa privada, levando produtos inovadores diretamente das florestas exuberantes para os consumidores.
De acordo com Caroline Pacheco, CMO da Simbioze Amazônica: o potencial bioeconômico na nossa região é gigantesco. Diversas são as oportunidades de trabalhar com comunidades e associações para a manutenção da floresta de pé. A Simbioze buscou ser referência nesse trabalho em conjunto para levar matéria prima até a nossa indústria com qualidade e valor agregado, e assim fomos pioneiros em fazer de verdade extrativismo sustentável.”
Desafios e Oportunidades da Bioeconomia
O cenário das startups no Brasil tem sido marcado por uma crescente atenção às questões de sustentabilidade, e isso não passa despercebido pelo CEO da ABStartups, Luiz Othero. “É extremamente importante para a nossa economia, para o nosso país, startups que trabalham o impacto a partir da sustentabilidade, porque são essas startups que estão desenvolvendo soluções para que a gente consiga fazer uma melhor preservação ambiental dos nossos biomas, das nossas florestas.”
Othero ressalta a relevância de aproveitar as capacidades inovadoras das startups para preservar a riqueza de biodiversidade do Brasil, transformando-a em um ativo contínuo. “A gente tem essa biodiversidade como um ativo para sempre no Brasil, um ativo que a gente possa utilizar para desenvolver inovação em diversas frentes, na saúde, na área de cosmético, na área da qualidade de vida, alimentação.”
Quando se falam em startups, Rubenson Chaves, CEO da Invest Amazônia é um expert no assunto, pois a Startup Invest Amazônia tem o compromisso de ser a voz de empresas e startups que se preocupam com a sustentabilidade e proteção do planeta. “Estimular a criação de startups que se dedicam à conservação da Amazônia, não apenas esta impulsionando a preservação de um dos ecossistemas mais ricos e diversificados do mundo, mas também está abrindo portas para novas oportunidades de emprego, educação e desenvolvimento nas comunidades locais. Ele compreende que a proteção da Amazônia é um esforço coletivo que envolve não apenas os governos e organizações ambientais, mas também o setor empresarial. A visão de Rubenson Chaves vai além do curto prazo. Ele entende que as startups e empresas que se preocupam com a Amazônia e adotam práticas ESG estão construindo as bases para um futuro mais sustentável. Essas empresas estão criando um legado de responsabilidade ambiental e social para as gerações futuras, mostrando que é possível conciliar o progresso econômico com a preservação do meio ambiente.
Biozer da Amazônia: Conexões Sustentáveis
A Biozer da Amazônia está no epicentro dessa transformação. Em colaboração com o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável (IDESAM) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-AM), a empresa está estabelecendo uma cadeia produtiva responsável e sustentável. Isso envolve parcerias com extrativistas e cooperativas locais, que fornecem ingredientes valiosos diretamente das profundezas da floresta.
A empresa não apenas se concentra em cosméticos naturais, mas também está expandindo para medicamentos fitoterápicos e alimentos funcionais, alinhados com a crescente demanda por produtos saudáveis e sustentáveis.
Desenvolvendo uma Nova Economia a Partir da Natureza
A história da Biozer da Amazônia é uma narrativa inspiradora de empreendedorismo, ciência e sustentabilidade. A empresa não apenas respeita a rica biodiversidade da região, mas também a capacita, elevando os conhecimentos tradicionais e os transformando em soluções modernas.
À medida que a Amazônia se torna um laboratório vivo para a inovação sustentável, a Biozer da Amazônia está na vanguarda dessa revolução. Enquanto produtos como a linha Simbioze Amazônica encontram o equilíbrio entre tradição e modernidade, a empresa também oferece um vislumbre do potencial inexplorado da Amazônia como fonte de prosperidade econômica e preservação ambiental.
A matéria-prima da Simbioze Amazônica provém de três miniusinas localizadas nas áreas remotas do Amazonas, nas cidades de Lábra, Silves e Carauari. Essa abordagem não apenas impulsiona a cadeia de produção, mas também contribui para o sustento das comunidades ribeirinhas dessas regiões. Além disso, os insumos são cuidadosamente rastreados e mantêm altos padrões de qualidade, sendo obtidos diretamente dos extrativistas, sem intermediários.
A jornada da Biozer da Amazônia ressoa como um lembrete inspirador de que, com criatividade, colaboração e dedicação, é possível não apenas prosperar comercialmente, mas também preservar os tesouros naturais de nosso planeta para as gerações futuras.
Acompanhe o PodCast de hoje a partir das 18h, com o tema Avanços e Desafios do Ecossistema de Startups – Invest Amazônia Pod #16