O estilista Sioduhi Piratapuya, membro da etnia Piratapuia na Amazônia, inova na indústria da moda ao desenvolver um corante de tecido à base de mandioca. Sua empresa, Sioduhi Studio, não apenas busca resgatar técnicas dos povos originários, mas também promove a preservação desses conhecimentos por meio da confecção de roupas. Atualmente, ele participa do curso de MBA em Negócios e Estética da Moda na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, onde contribui com discussões essenciais para o mundo da moda.
Enquanto muitas regiões experimentam as quatro estações de forma distinta, a Região Norte destaca-se por seu clima quente e úmido ao longo de todo o ano.
Considerar a diversidade climática de cada região do país é apenas um exemplo do que Sioduhi destaca como “descentralização da moda”.
Como o único estudante indígena em uma turma com mais de cem pessoas, Sioduhi sente uma grande responsabilidade em trazer para a sala de aula questionamentos e referências que fogem do que seus colegas estão habituados. Ele observa que a presença de representantes da Região Norte no cenário da moda brasileira é escassa, com a concentração de oportunidades sendo mais proeminente no Sudeste. “No Sudeste é onde está mais concentrado e há mais oportunidades”, afirma ele.