Estabilidade climática, melhoria da qualidade do ar, redução da poluição e melhoria do corredor ecológico são alguns dos benefícios que a arborização urbana. Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia (Crea-RO), a vegetação nas cidades melhora a qualidade de vida de todos os moradores.
A Secretaria de Meio Ambiente e e Desenvolvimento Sustentável ressalta que as árvores absorvem dióxido de carbono (CO2) e liberam oxigênio (O2), contribuindo para melhorar a qualidade do ar, proporcionam habitat e alimento para a vida selvagem e promovendo a biodiversidade nas cidades.
Mas os órgãos alertam que é necessário um bom planejamento para a adaptação das espécies arbóreas escolhidas e inseridas no espaço urbano, evitando assim, problemas e prejuízos envolvendo a rede elétrica, rede de água e a rede de esgoto, sinalizações de trânsito e acessibilidade.
Como se planejar e o que plantar?
Segundo a (Sema), antes de plantar uma árvore, é fundamental: escolher uma espécie adequada ao clima e ao solo, selecionar uma localização apropriada, preparar o solo corretamente e providenciar irrigação e adubação adequadas.
O plantio deve ser feito de forma precisa, protegendo a árvore contra danos e pragas, com monitoramento constante de seu desenvolvimento.
Conhecer as regulamentações locais e considerar o impacto futuro da árvore na paisagem urbana também são importantes, pois o plantio de uma árvore é um compromisso de longo prazo com o meio ambiente e a comunidade.
Por esses motivos, confira uma lista de informações baseada em possíveis dúvidas que surgem quando o assunto é arborização:
Existe diferença entre a árvore de quintal e a árvore de calçada?
Sim! Segundo a SEMA, a diferença está no propósito, localização e responsabilidade pela manutenção. As árvores de calçada são plantadas em áreas públicas e mantidas pelas autoridades municipais. Enquanto as de quintal são de escolha pessoal e cuidadas pelos proprietários.
As árvores de quintal são geralmente plantadas em propriedades particulares, como residências, chácaras ou jardins e escolhidas com base em critérios pessoais, como beleza, sombra, produção de frutas ou fins ornamentais.
Onde plantar?
As plantas devem ser postas dentro dos limites de uma propriedade particular, sua localização é determinada pelo gosto do proprietário e pela funcionalidade desejada, como sombra para recreação ou produção de frutas para consumo pessoal.
Como cuidar?
Geralmente, as árvores de quintal recebem mais atenção e cuidados individuais pelos seus proprietários, incluindo poda, irrigação e adubação, se necessário. A manutenção é adaptada às necessidades específicas da árvore e aos objetivos de quem cuida.
A árvore plantada não se adapta com o clima da região e pode trazer riscos: o que fazer?
O morador deve solicitar apoio da Prefeitura de Porto Velho, através da Sema para erradicação da árvore conforme as técnicas, para prevenir o proprietário e a vizinhança de algum acidente.
Árvore de calçada
As árvores de calçada são plantadas em áreas públicas, como calçadas e ruas, que melhoram o ambiente urbano. Elas fornecem sombra, purificação do ar, redução da poluição sonora e contribuem para a estética das áreas urbanas.
Qualquer pessoa pode plantar em espaços públicos?
Não! A Lei 590 de 2015 institui o Plano Diretor de Arborização Urbana do Município de Porto Velho, que estabelece que não se deve plantar em espaços públicos sem a orientação de um profissional com base na legislação do município.
Quem são responsáveis pelas árvores em espaços públicos?
As árvores de calçada são plantadas em áreas públicas e são de propriedade da prefeitura ou da administração local, são elas as responsáveis pela poda, irrigação, controle de pragas e doenças, reparos nas calçadas danificadas pelas raízes e substituição de árvores danificadas ou doentes.
Pau-ferro (Caesalpinia leiostachya): Conhecido por sua beleza e resistência, com raízes profundas adequadas para calçadas.
Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides): Uma árvore de porte médio, resistente e apropriada para áreas urbanas.
Cambuci (Campomanesia phaea): Uma árvore nativa que pode prosperar em ambientes urbanos.
Guanhuma (Cordia superba): Uma opção resistente para arborização urbana.
Mulungu (Erythrina speciosa): Conhecido por suas belas flores e adequado para áreas urbanas.
Cereja-do-mato (Eugenia involucrata): Uma espécie que pode ser utilizada em ambientes urbanos.
Pitangueira (Eugenia uniflora): Adequada para arborização urbana e produz frutos comestíveis.
Jacarandá (Jacaranda mimosaefolia): Valorizado por suas flores ornamentais.
Ipê (varias espécies, como o ipê-roxo e o ipê-amarelo): Diversas espécies de ipês são utilizadas em áreas urbanas por sua beleza e resistência.
Mogno (Swietenia macrophylla): Embora seja uma espécie valiosa para a indústria madeireira, o mogno também pode ser usado em áreas urbanas pela sua beleza e resistência.
Açaizeiro (Euterpe spp.): Além do açaí, outras espécies de Euterpe são usadas em paisagismo urbano pela sua aparência tropical.
Babassu (Attalea spp.): Essa palmeira é nativa da região e pode ser utilizada em arborização urbana.
Andiroba (Carapa guianensis): Essa árvore de madeira valiosa também é usada em arborização urbana por suas folhas e flores ornamentais.
Murumuru (Astrocaryum murumuru): Outra palmeira nativa da região amazônica que pode ser utilizada em áreas urbanas.
Espécies de arbustos adequadas para áreas urbanas e calçadas:
Clúsia (Clusia spp.): Um arbusto resistente frequentemente utilizado em paisagismo urbano.
Azaleia (Rhododendron spp.): Arbustos que produzem flores coloridas e são populares em áreas urbanas.
Loropetalum (Loropetalum chinense): Arbusto de folhagem colorida, adequado para áreas urbanas e que tolera podas.
Ixora (Ixora spp.): Um arbusto tropical com flores coloridas, ideal para climas quentes e úmidos.
Hibisco (Hibiscus spp.): Arbustos tropicais que produzem flores vistosas e são bem adaptados a climas quentes e úmidos.
Para áreas sombreadas, quais as espécies indicadas?
Jacarandá (Jacaranda mimosaefolia)
Ipê (varias espécies, como o ipê-roxo e o ipê-amarelo)
Mulungu (Erythrina speciosa)
Arbustos adequados para áreas sombreadas:
Clúsia (Clusia spp.)
Azaleia (Rhododendron spp.)
Loropetalum (Loropetalum chinense)
Ixora (Ixora spp.)
Hibisco (Hibiscus spp.)
Para quem opta pelas espécies frutíferas quais são as indicadas?
Açaí (Euterpe oleracea)
Cupuaçu (Theobroma grandiflorum)
Castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa)
Bacuri (Platonia insignis)
Taperebá (Spondias mombin)
Jenipapo (Genipa americana)
Pupunha (Bactris gasipaes)
Grumixama (Eugenia brasiliensis)
Ingá-cipó (Inga edulis)
Murici (Byrsonima crassifolia)
Uvaia (Eugenia pyriformis)
Cajueiro (Anacardium occidentale)
Guaranazeiro (Paullinia cupana)
Burahem (Mauritia flexuosa)
Uxi (Endopleura uchi)
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente todas essas espécies se adequam ao clima de Porto Velho.
Quais árvores, arbustos ou plantas em geral não são recomendadas para o plantio em áreas urbanas e por quê?
Tamanho inadequado, raízes invasivas, alergias causadas por pólen, entre outros são algumas características que transforma algumas espécies que podem não ser adequadas para arborização urbana:
Árvores
Ficus benjamina: Também conhecida como figueira-chorona, tem raízes invasivas que podem causar danos a calçadas e estruturas próximas.
Álamo (Populus spp.): Essas árvores podem crescer rapidamente e ter raízes agressivas.
Eucalipto (Eucalyptus spp.): O eucalipto é conhecido por seu crescimento rápido, mas suas raízes invasivas podem causar problemas em ambientes urbanos.
Pinheiro-de-norfolk (Araucaria heterophylla): Essa árvore pode se tornar grande demais para áreas urbanas e criar sombras densas.
Allergies (Gênero Ambrosia): Arbustos como o parthenium (Parthenium hysterophorus) podem desencadear alergias sazonais graves devido ao seu pólen.
Bambu (Gênero Bambusa): O bambu pode se espalhar rapidamente e se tornar invasivo em áreas urbanas.
Arbustos
Coração-magoado (Euonymus fortunei), podem ser difíceis de controlar e podem se tornar invasivas.
Arbustos espinhosos: Arbustos com espinhos afiados, como a roseira-brava (Rosa canina), podem representar perigos para pedestres e trabalhadores da manutenção.
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