Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgados nesta segunda-feira (18), mostram que o índice de desmatamento na Amazônia Legal, no primeiro bimestre de 2024, foi o menor nos últimos seis anos.
A Amazônia Legal, que corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de 9 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão), perdeu, de janeiro a fevereiro deste ano, 196 km² de floresta, uma área que correspondente ao tamanho da cidade de Salvador. No mesmo período do ano passado, foram derrubados 523 km² de floresta, área que equivale ao tamanho de Brasília.
A queda, no entanto, ainda não torna os índices de desmatamento menores do que os registrados na última década, ainda ultrapassando os níveis registrados nos mesmos meses entre 2008 e 2017, com exceção de 2015. Durante esse período, a derrubada de florestas permaneceu abaixo de 150 km² em todos os anos, conforme o Imazon.
“Esses dados mostram que ainda temos um grande desafio pela frente. Atingir a meta de desmatamento zero prometida para 2030 é extremamente necessário para combater as mudanças climáticas. Para isso, uma das prioridades do governo deve ser agilizar os processos em andamento de demarcação de terras indígenas e quilombolas e de criação de unidades de conservação, pois são esses os territórios que historicamente apresentam menor desmatamento na Amazônia”, avaliou Larrisa Amorim, pesquisadora do Imazon.
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