Chegou a época do jambo fruta vermelha, robusta e suculenta, que fez e faz parte da história de muitos amazônidas, mas você sabe a origem do jambo e quais os benefícios da fruta para a saúde?
O jambeiro, da família Myrtaceae, popularmente conhecido como jambo-vermelho, é originário da Ásia, mais especificamente da Índia e da Malásia. A árvore, que pode chegar a 20 metros e se desenvolve com facilidade em ambientes com muito sol, foi trazida há séculos para o Brasil pelas mãos de colonizadores, a fruta, com casca fina vermelha, polpa branca adocicada e levemente ácida, popularizou-se em boa parte do Brasil.
De janeiro a maio, quando as frutas já estão desenvolvidas, acontece a colheita. É nessa época que os moradores de Porto Velho (RO), por exemplo, aproveitam a oportunidade para se empanturrar com a fruta, mas não é só durante a colheita que o jambeiro ganha popularidade, de agosto a fevereiro, época da florada, a árvore fica coberta por flores rosas e deixa o cenário digno para uma fotografia.
Aliado da saúde
Para a nutricionista Priscila Monteiro, do Serviço Social do Comércio (Sesc) do Amapá, o jambo é um aliado da saúde.
“Ele é rico em vitamina C e antioxidante, sendo um bom substituto do suco de laranja por exemplo”, explicou.
Na busca para entender todos os benefícios do jambo-vermelho para a saúde, Ângela Giovana Batista, com orientação dos professores Mário Roberto Maróstica Júnior e Maria Alice da Cruz Höfling, resolveu pesquisar sobre o assunto durante seu doutorado na Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp.
“No intuito de valorizar o consumo desta fruta, fizemos testes preliminares e detectamos compostos importantes para a saúde, como fibras alimentares, e compostos antioxidantes (que também estão presente na jabuticaba) como as antocianinas (pigmento vermelho, natural de algumas plantas) e taninos. Foi a partir destes resultados que decidimos utilizá-la em outros testes para verificar se estes compostos mostraram efeitos para a saúde e assim promover o seu consumo”, destaca Ângela.
Durante a pesquisa, Ângela descobriu que baseados na composição química e nutricional, a casca e a polpa foram secas e incorporadas em dietas com baixa e alta concentração de gordura nos animais. Os resultados, segundo ela, foram animadores.
“Após um tratamento de 10 semanas, os animais de laboratório mostraram melhoras na resistência à insulina periférica (estágio em que a captação de glicose é defeituosa devido insensibilidade das células à ação da insulina), diminuição de marcadores pro-inflamatórios e aumento da defesa antioxidante (aquela que combate os radicais livres do organismo). Estes quadros estariam ligados ao desenvolvimento de doenças crônicas, como a obesidade e o diabetes do tipo 2”, explica.
Fonte: Agência Rondônia
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