O Centro de Bionegócios da Amazônia – CBA – reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a inovação na região, durante participação no primeiro dia da Feira INOVA Amazônia, promovida pelo SEBRAE. O evento, que reúne diversos empreendedores, pesquisadores e instituições, tem proporcionado um ambiente propício para a troca de experiências e fomento de novas ideias voltadas para o fortalecimento do ecossistema da inovação, sobretudo nos bionegócios.
A Feira segue até hoje (10/05), no Centro de Convenções Vasco Vasques, bairro Flores, zona Centro-Sul de Manaus. Como um dos principais expoentes do setor, o Centro de Bionegócios da Amazônia apresentou suas iniciativas e projetos inovadores, destacando-se como um hub de conhecimento e tecnologia para o desenvolvimento sustentável da região.
Com foco na valorização dos recursos naturais e na promoção de cadeias produtivas sustentáveis, o Centro demonstrou seu papel fundamental na busca por soluções que conciliam o crescimento econômico com a preservação ambiental.
Uma das iniciativas que tem despertado a curiosidade dos visitantes do stand do CBA é o projeto Curauá (Ananas erectifolius). Realizado em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) com o apoio da Tutiplast e coordenado pela pesquisadora Simone da Silva, a iniciativa trata da elaboração de bioprodutos derivados da fibra do curauá.
As fibras do Curauá são resistentes e duráveis, sendo extraídas das folhas da planta e utilizadas para a produção de diversos produtos, como cordas, tecidos, artesanato, papel e até mesmo componentes automotivos e acústicos em construções sustentáveis. O diretor nacional do Sebrae, Décio Lima, destacou o potencial da pesquisa.
“Fiquei impressionado. Não sabia que vocês tinham esse trabalho. Com certeza isso em larga escala terá um potencial gigante”, disse ele.
Além do stand com a presença de pesquisadores do Centro, os quais têm apresentado aos visitantes as soluções para alavancar os Bionegócios na região, o CBA e suas linhas de ação frente a nova política industrial do País, definida pelo Governo Federal por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), serão demonstrados também durante a plenária que ocorrerá na sexta-feira, 10/05, com a participação do diretor-geral do Centro, Márcio Miranda. “Estamos muito satisfeitos em participar da Feira INOVA Amazônia e em contribuir para o fortalecimento do ecossistema de inovação na região. Nosso propósito como Centro de Bionegócios vem justamente na mesma direção de atuação do Sebrae, promover emprego, promover renda, promover oportunidades e mais particularmente dentro da nossa atribuição, no âmbito dos negócios pautados na bioeconomia.
Acreditamos no potencial da Amazônia como um polo de desenvolvimento sustentável e estamos empenhados em promover ações que impulsionam o crescimento econômico, a partir do fortalecimento das cadeias produtivas, valorizando as populações tradicionais e povos originários, promovendo a conservação da floresta. Estamos muito otimistas com essa iniciativa do Sebrae”, afirmou Márcio Miranda.
Para a diretora de Bionegócios do CBA, Andrea Lanza, a participação do CBA na Feira Inova Amazônia é uma oportunidade para que gestores e pesquisadores possam dialogar com as pessoas e instituições que integram o ecossistema de PD&I, visando a promoção de parcerias e financiamentos para os projetos, a fim de contribuir com o desenvolvimento da economia local.
“O fundamento básico do CBA era a questão da pesquisa voltada para a biotecnologia, pesquisa pura, e agora nessa nova roupagem, transformada num centro de bionegócios, transformar as pesquisas, tudo que foi desenvolvido em negócios, em notas fiscais. E a partir disso, buscar também desenvolver a economia local através dos estudos das cadeias produtivas locais, através de estruturar formas, entender maneiras, até mesmo da inserção no que tange ao compartilhamento de benefícios, como as populações tradicionais e os povos originários, por tudo isso, iniciativa como essa colaboram com esse desafio que temos de nos inserirmos até mesmo nas alterações das políticas públicas, locais, voltadas para os bionegócios, ou seja, com o desafio de estarmos aqui trabalhando também uma parte do processo da formação, da construção da bioeconomia no estado do Amazonas”, afirmou Lanza.
Em meio aos visitantes do stand do CBA, a professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Maria Angélica Corrêa, fez questão de destacar o potencial do CBA na promoção de interações e vínculos no âmbito dos bionegócios. “Promover conexões é super oportuno, já que o CBA também reiniciou as atividades recentemente, que a gente possa ter essa oportunidade de reunir, fazer esse network, encontrar todas as pessoas que trabalham com isso em um único local e desenvolver aí, de repente, ideias que possam se transformar em produtos, processos eficientes para a sociedade”, afirmou.
Caio Perecin, diretor de Operações do CBA, se mostrou bastante otimista com a participação do CBA na Inova Amazônia. “Aqui a gente está encontrando muitos novos negócios, empreendedores na área de bioeconomia, também atores do ecossistema de inovação na parte de outras instituições de pesquisa, órgãos de fomento, órgãos do governo federal que trabalham com políticas públicas para a bioeconomia, então está sendo bem proveitoso”, afirmou. O diretor administrativo-financeiro do CBA, Carlos de Souza, reafirmou o compromisso de parceria do CBA com a promoção da inovação, incentivando o empreendedorismo a partir do desenvolvimento sustentável na região.