A união faz a força (e a FRC no Brasil!)
A equipe Tucuna conheceu a Octopus, que conheceu a Nine Tails, que conheceu a Taubatexas. A Octopus já foi para os Estados Unidos e a Alpha Technology acabou de entrar na história. E, assim, por meio da união entre as equipes, desembarcaram em Brasília no altar da FIRST Robotics Competition (FRC), com as malas cheias de cooperação e muita, muita engenharia.
Quarenta e quatro equipes competem pela modalidade no 5º Festival SESI de Robótica, o único torneio regional da América do Sul que classifica para o mundial, em Houston. São aproximadamente 550 competidores. Sim, você leu direito: QUINHENTOS E CINQUENTA estudantes de Norte a Sul do país. Ah, quase esqueci, temos hermanos na área também. Há duas equipes da Colômbia na disputa. ¡La robotica es una chimba, muchachos!
A olimpíada da robótica, como é conhecida a categoria, desafia estudantes do ensino médio a criar robôs de porte industrial com até 55kg e mais de 1,5 metro de altura. Nesta temporada, a novidade é que cubos e cones marcam os jogos. E o melhor, as partidas são transmitidas ao vivo. Se você não está em Brasília, acesse o YouTube do Sou Robótica, que o festival vai até você!
Tá, mas além dessa parte eletrizante das competições, as equipes desenvolvem projetos sociais e criam uma rede de apoio entre si. Vem! A Agência de Notícias da Indústria vai explicar como tudo acontece por trás dos bastidores.
JJ: “Geral Junto”
Quem é do Rio de Janeiro com certeza já ouviu JJ: “Geral Junto”. O erro ortográfico tá liberado. É para dar o papo reto e mostrar quem são os parceiros de verdade. É assim que acontece com as equipes Tucanus, fluminense de Nova Friburgo, e a Alpha Technology, carioca de Jacarepaguá.
A Tucanus foi a primeira equipe de FRC do Rio de Janeiro. Surgida há três anos, no período da pandemia, os integrantes faziam chamadas de vídeo para trabalhar no projeto.
“Quando tínhamos que fazer alguma coisa do robô, era tudo modelado, digital. Aí duas ou três pessoas iam até o SENAI para fazer a parte física, mas tudo era planejado antes”, explica Ana Rosa, 16 anos, responsável pela gestão social e marketing da equipe.
Começar do zero não é fácil; seja uma dieta, um planejamento, quem dirá uma equipe de robótica. Por isso, a equipe Alpha Technology colou na Tucanus para aprender o básico do mundo FRC. “Entramos em contato com eles e fizemos uma reunião online, discutimos coisas do campeonato mesmo. Fizemos uma visita na unidade deles e eles na nossa para trocar um pouco dessa experiência”, conta Miguel Silva, 15 anos, que faz parte do marketing da equipe.
A robótica tem esse poder de conectar, não só por causa das peças e da programação, mas pelas pessoas também. “Nós ganhamos muito como pessoa, essa questão de estarmos competindo ali, uns com os outros, mas, ao mesmo tempo, estarmos nos ajudando”, ressalta Lucas Oliveira, 17 anos, mecânico.