A escuderia Apoema, da escola SESI Abrahão Sabbá, de Itacoatiara (AM), brilhou no Festival SESI de Educação 2025, encerrado no sábado (15) no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. A equipe recebeu o prêmio “Prêmio Reconhecimento de Conquista do Comitê dos Juízes”, pelo empenho e evolução ao longo das temporadas da competição F1 In Schools, um projeto educacional da Fórmula 1 que desafia estudantes a construírem miniaturas de carros de corrida.
Depois de quatro anos dedicados à competição, o estudante Igor José Lima, piloto da escuderia Apoema, celebrou a conquista do prêmio. A vitória foi o reconhecimento de um esforço contínuo e da dedicação de toda a equipe ao longo dos anos. Para Igor, esse momento pode marcar o encerramento de sua trajetória na competição, já que ele pretende prestar vestibular para a área de engenharia na Universidade Federal de São Paulo. No entanto, sua jornada deixa um legado de aprendizado, trabalho em equipe e superação.
“É muito bom porque já faz um tempo que a gente vem tentando conseguir esse prêmio. E no final, o esforço valeu a pena, as cobranças valeram a pena, todo o foco da nossa equipe valeu a pena. No final, tudo que a gente faz tem sempre um resultado, e esse resultado foi muito bom para a gente. Todo mundo tá super feliz e a gente tá levando o prêmio para o Amazonas agora”, comemorou Igor, ao destacar a felicidade de sua equipe e a sensação de dever cumprido.
Mathias Camargo também participou da temporada anterior e contribuiu para essa conquista. Ele ressaltou o desafio e o empenho necessários para alcançar o tão sonhado prêmio. “Rapaz, muito paracetamol, muita dor de cabeça, bastante café e cansaço. Mas cada segundo aqui no torneio foi valioso, o prêmio fez valer a pena cada segundo aqui no torneio. Para a gente é algo assim que dinheiro nenhum no mundo pode recompensar”, declarou, ao citar o esforço da equipe ao longo do torneio e a emoção de ver todo o trabalho recompensado.
O técnico da Apoema, Eric Melo, reforçou que a conquista veio graças à dedicação dos competidores. “Os juízes observaram a evolução da equipe desde a temporada passada. Eles viram que os meninos se dedicaram muito mais, corrigiram erros e mostraram um crescimento notável”, explicou. Sobre o futuro, Melo afirmou que pode haver uma reestruturação da equipe para o Torneio SESI de Robótica e o Festival SESI de Educação 2026, com uma nova seleção de alunos para manter o legado da Apoema.
A equipe da Apoema competiu com Igor José Lima (piloto), Mathias Camargo, Emilly Vitória e Yasmin Victória, na construção de miniaturas de carros, réplicas dos modelos oficiais de corrida para competir. Esses veículos, impulsionados por um cilindro de CO2, podem atingir até 80 km/h em uma pista de 24 metros de comprimento.
A competição F1 In Schools proporciona aos alunos uma experiência única de aprendizado, incentivando habilidades em engenharia, inovação e trabalho em equipe. Além da Apoema, a escuderia Prodixy, do SESI Escola de Referência Dra. Emina B. Mustafa (Manaus), ficou entre as três melhores equipes na categoria “Pensamento criativo”, que analisa ideias inovadoras para criar estratégias na competição.
Equipe de FRC do SESI Amazonas se destaca no Festival SESI de Educação
A equipe Prodixy, competidora na categoria (FRC), do SESI Escola de Referência Dra. Emin B. Mustafa SESI Amazonas, celebrou avanços importantes em sua participação no Festival SESI de Educação. O técnico Vitor Gabriel Souza destacou a evolução do grupo. “As nossas metas têm que ser alcançáveis” e o foco é garantir crescimento contínuo da equipe”, disse. A estratégia inclui incentivar ex-integrantes a retornarem como mentores para fortalecer o time.
Outro destaque foi a preparação da equipe para evitar problemas técnicos que comprometeram desempenhos anteriores. “Nos anos anteriores, nosso robô parava no meio da partida e não conseguia finalizar. Focamos muito na parte elétrica, mecânica e programação para garantir que ele fosse mais estável e eficiente”, explicou Vitor. O esforço resultou em um robô que conseguiu operar de forma consistente ao longo da competição.
O desempenho melhorou significativamente em relação a anos anteriores. “Nosso robô já consegue fazer um autônomo muito bom, não tem mais erros elétricos e não para sozinho durante a competição”, comemorou o técnico. A equipe conquistou quatro de nove partidas durante o evento, um marco importante para seu crescimento.
Para garantir a continuidade da equipe, novos integrantes já estão sendo selecionados. “O importante é seguir crescendo e aprimorando o projeto, garantindo que nossa equipe continue competitiva e representando bem o Amazonas”, concluiu Vitor. Com dedicação e apoio, a equipe segue determinada a conquistar novos desafios.
Experiência de vida
Ao longo dos três anos como membro da equipe Prodixy, José Edimar Neto viveu uma jornada intensa de aprendizado e crescimento. Desde a construção e projeção de robôs até o trabalho colaborativo com colegas, cada experiência dentro da robótica o transformou tanto tecnicamente quanto pessoalmente. Agora, em seu último ano na categoria FRC, ele se despede com um misto de emoções. “Já faz três anos que eu faço o que eu faço. Faz três anos que eu construo, projeto e trabalho com pessoas. E é incrível, mas também é assustador”, considera.
A robótica não foi apenas sobre competir; foi um universo de descobertas. Participar de torneios nacionais possibilitou a José conhecer pessoas de diferentes partes do Brasil, trocar conhecimentos e ampliar sua visão sobre tecnologia e impacto social. “Eu digo que o mundo da robótica é incrível, porque quando a gente vem para um torneio em nível nacional, eu conheço pessoas do Brasil inteiro, equipes, pessoas, robôs, sistemas, projetos, ações sociais”, destaca. Além disso, ele percebeu que a robótica vai além da engenharia e da programação, pois tem um papel fundamental na inclusão e na educação, levando inovação para aqueles que não teriam acesso de outra forma.
Com gratidão, ele encerra esse ciclo sabendo que fez parte de algo maior. Seu conselho para as futuras gerações da equipe Prodixy é simples, mas essencial: aproveite cada momento. “Esse mundo é mágico”, afirma. “E eu estou feliz só pelo fato de ter participado disso, de poder falar que fiz parte da robótica, fiz parte da equipe Prodixy.” Mesmo sem saber exatamente qual será seu futuro na equipe, José tem certeza de que a experiência adquirida o acompanhará para sempre.
Equipe Prodixy marca presença na categoria FTC
A equipe Prodixy representou o Amazonas com garra e dedicação na categoria FTC (First Tech Challenge) durante o Festival SESI de Educação 2025. Apesar de não terem conseguido a classificação para as finais, os integrantes demonstraram uma evolução significativa em relação às temporadas anteriores, consolidando-se como um time cada vez mais competitivo.
De acordo com o técnico Erick Rafael Nava, a participação deste ano foi marcada por um robô bem trabalhado e desenvolvido, reflexo do esforço conjunto dos alunos e mentores. “A gente já vê um avanço muito grande em relação às últimas temporadas. Chegamos aqui em um nível muito mais competitivo, mas ainda queremos mais. Nosso objetivo é continuar evoluindo e representando bem o SESI e o Amazonas”, destacou Nava.
Com um olhar voltado para o futuro, a Prodixy já está estruturando sua próxima seletiva, pois metade dos integrantes atuais estão em sua última temporada. Para garantir a continuidade do projeto, os alunos que estão saindo assumirão um papel de mentoria, compartilhando seus conhecimentos com os novos membros. Além disso, a equipe está focada em estudar as melhores práticas de outros times do Brasil para aprimorar suas estratégias.
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