A Vivo tem sido reconhecida pela evolução de sua agenda ESG a versátil sigla que, em inglês, responde por ações corporativas com impacto positivo no ambiente, no social e na governança. Para reforçar seus compromissos, a empresa de tecnologia em telecom lança nesta segunda, 20, uma estratégia de comunicação estrelada e cocriada com Alok Peres Petrillo.
O DJ Alok. A campanha dialoga com a biodiversidade brasileira e será revisitada ao longo do ano, em sincronia com a 30ª Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, que será realizada em novembro, em Belém.
Na fala de Alok, que acompanha o filme central de 30 segundos criado pela Africa Creative e produzido pela Coração da Selva, o DJ destaca a missão de “reciclar, preservar, regenerar e nos conectarmos a uma vida mais inteligente e sustentável”. Este é o caminho para um “Futuro Vivo”, acrescenta, citando a assinatura da estratégia. “Hoje, sinto que minha responsabilidade vai muito além da música é sobre gerar um impacto positivo no mundo”, explica Alok .
“Por isso, faço questão de trabalhar e criar junto com parceiros que compartilham desse propósito, que acreditam, assim como eu, que tecnologia e sustentabilidade não só podem, mas precisam andar lado a lado para construirmos um futuro melhor.”
As coincidências se cruzam nas intenções, no ativismo e até mesmo no nome: ano passado, o DJ lançou o álbum “The Future Is Ancestral” (“o futuro é ancestral”), produzido junto a oito comunidades indígenas e com renda revertida para a causa por meio do Instituto Alok. O objetivo é chamar a atenção para o debate sobre mudanças climáticas por meio da música e da voz dos guardiões das florestas, projeto que ele já havia iniciado junto à ONU para a Climate Week de 2022, em Nova York.
“Nós temos uma grande conexão com o Alok, que também é embaixador da marca, e já estávamos pensando em como criar um soundbranding tão marcante quando nossa identidade visual”, diz Marina Daineze, diretora de marca e comunicação da Vivo. “Então pensamos em convidá-lo para que fizesse um manifesto sonoro, um novo soundbranding para a Vivo que inspirasse uma visão positiva do futuro, a partir da união entre natureza e tecnologia como agentes transformadores de inclusão e sustentabilidade.”
Metas reais
Desde que se tem registro, 2024 foi o ano mais quente da história, com um aquecimento 1,6°C acima dos níveis pré-industriais. Também no ano passado, a Amazônia teve o maior índice de focos de incêndio e queimadas dos últimos 17 anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A crise climática tem provocado desastres naturais com frequência e intensidade recordes, como as enchentes do Rio Grande do Sul e os furacões na Flórida.
Aos dados preocupantes, une-se um quadro político-econômico complexo, que reúne problemas como disseminação de fake news, negacionismo científico, greenwashing e redução de ações afirmativas. “Infelizmente vimos algumas marcas surfando uma onda, mas que não tinham algo sólido por trás. A Vivo, porém, tem programas e metas reais há muitos anos. Isso nos permite comunicar com total segurança, inclusive em tempos assim. Avançamos com os programas e a comunicação e antecipamos nossas metas de diversidade e descarbonização em cinco anos, puxando para 2035”, relata Daineze.
Ao antecipar as próprias metas ESG, a Vivo se comprometeu em zerar suas emissões de carbono ainda nesta década e ampliar em 150% o volume de lixo eletrônico coletado por meio do programa Vivo Recicle, entre outros propósitos. Tomando por base o andamento desse planejamento desde 2015, tais objetivos parecem possíveis: a Vivo afirma já ter reduzido suas emissões em 90% e utilizar energia 100% renovável – toda frota própria da telecom é de biocombustível. Iniciativas assim fizeram a empresa ser reconhecida entre as top três do índice de empresas mais sustentáveis da B3, assim como o top dez do The Sustainability Yearbook 2024 da S&P, além de ter estreado ano passado na carteira do Dow Jones Sustainability World Index, na sexta posição.
“Estamos olhando para biodiversidede e a sociodiversidade num País com altos desafios em ambas as frentes. Queremos trabalhar esse tema e conscientizar até a COP 30, não só do ponto de vista de inspiração, com o que está acontecendo de bom no Brasil, mas também provocar, com ações mais profundas para engajar a sociedade em torno da sustentabilidade”, complementa Daineze.
Arco narrativo
A telecom já vem ativando comunicações em torno do tema há alguns meses. Em novembro, levou Gabriel Medina para surfar a Pororoca, na foz do rio Mearim, no litoral maranhense, com uma campanha em torno da preservação amazônica. Em seguida, anunciou patrocínio à Aurea Tour, de Alok, que teve início em Belém do Pará.
Foi natural, mas também estratégico, planejar a espinha dorsal da comunicação deste ano ao redor de ESG, especialmente a sustentabilidade. As ativações de patrocínios a grandes eventos, como Lollapalooza e The Town, serão sobre isso. Novas campanhas — de branding, institucional ou de produtos — também cruzarão com o tema, assim como ações de engajamento do cliente, culminando em novembro, na COP. A assinatura “Futuro Vivo” e o novo soundbranding marcarão essa jornada.
Para a produção técnica da nova identidade sonora foi convocada a Soundthinkers, que concretizou a concepção criativa de Alok. “Imergimos em todo o arco narrativo da marca e desenhamos primeiramente seu DNA sonoro, trabalhando dois pilares centrais”, conta Paulo Dytz, fundador e head of sound strategy da agência, detalhando que, por um lado, trataram da marca inspiracional, que amplifica bons momentos por meio da tecnologia; por outro, trabalharam atributos sonoros que traduzem essa aproximação. “Essa nova identidade através do som é um chamado para refletir sobre o que nos conecta: tecnologia, natureza e, acima de tudo, o viés humano”, fala Dytz.
Além de Soundthinkers e Africa, as outras agências que atendem à Vivo — como Galeria, Mandarin e Suno — embarcarão nas comunicações de “Futuro Vivo” em diferentes fases, com novas leituras do macrotema ESG.
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