Na última terça-feira (07), Donald Trump anunciou investimentos de mais US$ 20 bilhões para construir data centers nos EUA. O investidor é Hussain Sajwani, bilionário dos Emirados Árabes Unidos, chairman da DAMAC Properties.
Com a expansão da IA (Inteligência Artificial), também cresce o uso de data centers, locais físicos onde ficam armazenadas máquinas e equipamentos de computação que reúnem servidores, unidades de armazenamento, equipamentos de rede, etc.
Para que eles funcionem bem, é preciso que o local tenha acesso à corrente elétrica para poder alimentar os servidores e estejam bem ventilados para evitar que os computadores e as demais ferramentas sobreaqueçam, além de ter um sistema reserva de alimentação da energia, para garantir que o serviço seja fornecido sem interrupções.
O mercado de Data Center também vem crescendo no Brasil. De acordo com a ABDC (Associação Brasileira de Data Center), o país possui índices de confiabilidade do sistema elétrico comparáveis aos do Chile e superiores aos da Argentina e Colômbia.
Além disso, a associação aponta que a oferta de energia brasileira é predominantemente renovável, com projeções de expansão, principalmente para o setor solar e de biomassa nas próximas décadas.
O McKinsey aponta que empresas hyperscale, como Google, Amazon e Microsoft, demandam energia suficiente para abastecer 80 mil lares, portanto, a necessidade de tornar a fonte de energia dos data centers sustentáveis é grande.
De acordo com José Marangon, doutor MC&E em Engenharia Elétrica e professor do Canal Solar, “os data centers são uma grande carga concentrada num determinado ponto, então você tem que preparar o sistema de transmissão para a carga direta na rede básica de transmissão”.
“Por isso, a rede elétrica precisa ser avisada com antecedência, pois é preciso preparar o sistema com linhas que possam prover essa potência constante”, conclui o professor.
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