O Amazonas definiu as propostas e elegeu os 20 delegados para representar o estado na 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes). A Conferência Estadual de Economia Popular e Solidária do Amazonas aconteceu nos dias 17 e 18 de dezembro, em Manaus, reunindo cerca de 200 pessoas da capital amazonense e dos municípios do interior.
A Conferência Estadual foi organizada pela Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo (Setemp), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), com apoio da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), comissão organizadora estadual das Conferências de Economia Popular e Solidária do Amazonas e empreendimentos do setor.
Com o tema “Políticas Públicas de Economia Popular e Solidária: construindo territórios democráticos por meio do trabalho associativo e da cooperação”, a conferência se apresenta como um espaço democrático para debater os avanços, desafios e novas estratégias de desenvolvimento do setor.
Representantes dos municípios de Manaus, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Silves, Novo Airão, Itacoatiara, Itapiranga, Iranduba, Parintins, Beruri e Nhamundá, signatários das propostas debateram e definiram as demandas nas etapas locais, que servirão de subsídios para elaboração do Plano Estadual de Economia Popular e Solidária e o 2º Plano Nacional de Economia Popular e Solidária durante a 4ª Conaes, prevista para acontecer em Brasília no próximo ano, sob a coordenação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Para o secretário executivo do Trabalho e Empreendedorismo, Paulo Gilson Ferraz, a reunião do setor foi uma oportunidade histórica para fortalecer as bases do modelo de trabalho colaborativo. “A conferência fortalece as conquistas alcançadas e apresenta novos desafios para se firmar com força popular para a construção de políticas públicas. Neste ano, o setor ganha mais força e destaque a partir das propostas que vão ser debatidas e implementadas para a aprovação da Lei Nacional de Economia Solidária”, destacou.
Foram realizadas seis conferências municipais e territoriais, com a participação de cerca de 500 pessoas. Estas etapas produziram 175 propostas apresentadas na conferência estadual, das quais 15 foram selecionadas e estruturadas em cinco eixos temáticos: produção, comercialização e consumo; financiamento, crédito e finanças solidárias; realidade socioambiental, cultural, política e econômica; educação, formação e assessoramento técnico; e ambiente institucional, incluindo legislação, gestão e integração de políticas públicas.
As propostas aprovadas durante a conferência estadual serão defendidas pelos 20 delegados eleitos no evento. São representantes do poder público – nas esferas municipal, estadual e federal -, de empreendimentos de economia solidária e entidades de apoio e fomento.
A 4ª Conaes acontecerá em agosto de 2025 e pretende reunir mais de 1.500 delegados e delegadas de todo o país para a elaboração do 2º Plano Nacional de Economia Popular e Solidária, para promover os rumos do segmento e reforçar a economia solidária como uma ferramenta de transformação social, pautada pela inclusão e pela sustentabilidade.
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