Após dois dias de competições regionais, a equipe de Educação Elev3r, do Centro Educacional Isolina Rutmann, do SESI Vilhena (RO), sagrou-se campeã do Torneio de Robótica First Lego League (FLL). A equipe Elétrons, da Escola SESI Abrahão Sabbá, de Itacoatiara, ficou em segundo lugar; enquanto a Tupã Machines, da SESI Escola de Referência Dra. Emina B. Mustafa e a Inventors Squad, da Escola Estadual Jairo da Silva Rocha, de Manaus, alcançaram o terceiro e quarto lugares, respectivamente.
O torneio fez parte do Festival Regional SESI de Educação, promovido nos dias 15 e 16, no Salão de Eventos do SESI Clube do Trabalhador, e recebeu estudantes de Rondônia, Roraima e Amazonas. As equipes classificadas para a etapa Nacional do Torneio de Robótica FLL, vão competir nos dias 12 a 15 de março de 2025, em Brasília. “Submergen” é o tema da temporada, em que os alunos são desafiados a desenvolver soluções em favor dos oceanos.
A 12ª edição do Torneio Regional SESI de Robótica premiou as equipes com base na performance dos robôs, projetos inovadores e na aplicação dos core values do FLL. As equipes que garantiram a vaga para o certame nacional conquistaram o Champion’s Award. Além disso, duas equipes suplentes — Tambacrias e A.S.I.M.O.V’s, da SESI Escola de Referência Dra. Emina B. Mustafa, poderão representar a região, caso algumas das classificadas não possam comparecer.
A Elev3r brilhou ao conquistar o prêmio “Desempenho do Robô”, alcançando 395 pontos e superando a Estrela do Norte (305 pontos) e a Inventors Squad (315 pontos). Na final do “Desafio do Robô”, a Elev3r também levou a melhor, vencendo a Inventors Squad com 395 a 290 pontos.
Samara Nunes Alves, de 12 anos, aluna da equipe Elev3r, do SESI de Vilhena, não escondeu a emoção de conquistar novamente a oportunidade de representar o estado de Rondônia na etapa nacional da competição de robótica, em Brasília. “Foi uma emoção muito grande, é algo contagiante. Eu estava com muito medo porque tinha muitas equipes boas competindo aqui, mas o esforço valeu a pena. Foram muitos treinos, muito esforço e estou muito feliz, até tremendo! Desejo boa sorte para todas as equipes que vão estar lá também”, declarou Samara.
Além dos prêmios oficiais, a competição contou com premiações extraoficiais que reconheceram habilidades específicas, como o “Prêmio Estrela Iniciante” e o “Prêmio Parceria”.
Itacoatiara comemora e se prepara para etapa nacional
Daiana Trindade, técnica suplente da equipe Elétrons, também vibrou: “Ficamos muito felizes e orgulhosos, porque vemos nossos alunos sendo protagonistas do próprio processo de ensino-aprendizagem. O prêmio é exclusivamente deles. Enquanto técnicos, apenas orientamos, mas todo o processo, desde a elaboração de documentações até o design e montagem do robô, é realizado pelos alunos. Eles trabalham com resolução de problemas reais, criando projetos inovadores para a nossa sociedade”, afirmou.
“Para nós, que somos do Amazonas e viemos de Itacoatiara, a felicidade é ainda maior, o coração explode de tanta alegria”, disse Daiana, ao mencionar os desafios enfrentados pela equipe, especialmente relacionados à logística: “Nossa principal barreira é a logística, mas contamos com todo o apoio necessário do SESI e de parceiros que reconhecem o potencial dos nossos alunos”.
Ana Raquel Matos de Sá Paiva, de 14 anos, aluna do 8º ano e da equipe Elétrons, disse que todos estão muito orgulhosos do trabalho realizado, com horas acordados treinando. “No final, é muito gratificante carregar o prêmio, a nossa equipe, a nossa história e representar nossa cidade em Brasília, mais uma vez”, afirmou Ana.
A Elétrons apresentou o projeto de inovação “Ocean Alliance”, uma plataforma que centraliza informações sobre o oceano e conecta pesquisadores que atuam na área, reforçando o compromisso do grupo com a criação de soluções para problemas reais da sociedade.
Tupã Machines garante vaga no nacional
A equipe Tupã, da SESI Escola de Referência Dra. Emina Barbosa Mustafa, festejou a classificação. Estreante no torneio, a técnica Sabrina Matos descreveu a surpresa ao ouvir o nome da equipe entre os premiados: “A gente não fazia ideia, estava triste porque as colocações estavam sendo anunciadas e não éramos chamados. Quando chamaram a gente foi uma surpresa incrível, ainda mais sendo o nosso primeiro ano na escola e na robótica”. O projeto que garantiu a vaga foi o “Iguaçu”, um protótipo de golfinho que usa ferrofluido para filtrar microplásticos no oceano.
Para Alice Lopes, de 13 anos, aluna do 8º ano e integrante da equipe, a conquista é um sonho realizado. “É a minha primeira vez na escola e na robótica. Quando soube que entraria na equipe, já achei fantástico. Agora, saber que vamos para o nacional com a equipe que eu sonhei em fazer parte é incrível. Não caiu a ficha até agora”. Alice destacou os desafios enfrentados, como a construção das garras do robô e o aprofundamento nas pesquisas sobre o vasto tema dos oceanos. “Foi difícil, mas acreditamos no projeto e no nosso trabalho”.
Leia também: Arsepam realiza visita técnica à construção da Usina Termelétrica