Durante a 307ª reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedecti) apresentou suas estratégias para lidar com a estiagem de 2024. Entre as medidas propostas estão a dragagem dos rios e a instalação de um píer provisório para atracação de navios, projeto do Grupo Chibatão.
Serafim Corrêa, líder da Sedecti, informou que a batimetria (medição da profundidade dos rios) revelou uma redução média de dois metros em comparação ao ano passado na Enseada do Madeira e na região do Tabocal. Com a tecnologia disponível, será possível realizar a dragagem com precisão, superando as condições da operação emergencial realizada no ano anterior.
“A primeira alternativa é aquela que, com a graça de Deus, se o fenômeno El Niño funcionar efetivamente, nós teremos água suficiente para não enfrentarmos uma estiagem tão forte quanto a do ano passado. Em segundo lugar, foi a iniciativa do governador Wilson Lima, em conjunto com o governo federal, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente Lula e o ministro Silvio e Costa, para realizar a dragagem dos pontos cruciais para a navegabilidade”, destacou o secretário.
Pier provisório
A terceira alternativa apresentada pelo titular da Sedecti, que está sendo planejada pelo Grupo Chibatão, é a instalação de um píer provisório para atracação de navios, eliminando a necessidade de retorno do navio.
“Se o navio não conseguir passar, ele terá a opção de utilizar um píer provisório para o transbordo da carga do navio para balsas. Isso permitirá uma operação simultânea, imediata e rápida. Embora isso implique em um custo um pouco mais elevado, será infinitamente menor do que no ano passado. Assim, as alternativas estão estabelecidas e vamos avançar”, explicou Serafim Corrêa.
De acordo com o diretor-executivo geral do Grupo Chibatão, Jhony Fidelis, para que o projeto do píer funcione, a empresa irá realocar parte da estrutura física do porto de Chibatão para uma região antes do problema. Para ancorar essa estrutura móvel, é necessário realizar adaptações e ajustes técnicos, permitindo a atracação do navio e o transbordo da carga para facilitar sua passagem.
“No pior cenário, onde o navio não pode passar devido à falta de tempo hábil para a dragagem, a operação será da seguinte forma: descarregar 100% da carga do navio para as balsas, que poderão então navegar até Manaus com segurança, entregando a carga tanto para o comércio quanto para a indústria”, detalhou Fidelis.
Com essa alternativa, segundo Jhony Fidelis, a média atual em Manaus é que cada navio chegue com mil contêineres para atender tanto à indústria quanto ao comércio. “Acreditamos que, se esses navios chegarem com essa quantidade de carga, aproximadamente 16 balsas serão suficientes para realizar o transbordo da carga do navio para a balsa, permitindo assim que estas naveguem até Manaus”, avaliou.
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