O cenário da Construção Civil, um dos pilares do PIB brasileiro, está enfrentando um desafio significativo com o envelhecimento progressivo de sua mão de obra, a ausência de políticas educacionais específicas e de estruturas claras de progressão de carreira nas empresas do setor, aliada à persistente estigmatização das ocupações relacionadas à construção, está gerando um desestímulo entre os jovens para adentrarem nesse mercado, apesar das oportunidades de emprego e dos salários frequentemente atrativos, especialmente para posições como mestres de obras, a falta de renovação geracional pode comprometer a sustentabilidade futura dessa importante indústria.
O aumento da idade média dos trabalhadores na Construção Civil, que saltou de 38 anos em 2016 para os atuais 41 anos, evidencia um quadro preocupante de envelhecimento da mão de obra no setor, esta tendência reflete uma percepção generalizada de que os empregos na construção civil estão associados a condições de trabalho precárias, o que os torna menos atrativos para os jovens em comparação com profissões como motoristas de aplicativos e entregadores, este fenômeno levanta questões importantes sobre o futuro da indústria e a necessidade de reformulação das condições laborais para atrair uma nova geração de trabalhadores.
Para o Presidente do Sinduscon-Am o Frank do Carmo, o setor da Construção Civil está passando por uma transição que reflete uma mudança não só na idade média dos trabalhadores, mas sim uma transformação cultural em nossa indústria, a necessidade por profissionais especializados permanece, mas estamos observando uma crescente demanda por habilidades tecnológicas e uma abordagem mais eficiente e produtiva:
“Estamos vivenciando uma transformação fundamental na Construção Civil, onde a industrialização está redefinindo a maneira como trabalhamos. Não se trata apenas de uma mudança na idade média dos trabalhadores, mas sim de uma revolução cultural em nossa indústria. Precisamos abraçar essa evolução, investir em tecnologia e capacitar nossa mão de obra para garantir que continuemos sendo líderes no mercado. Juntos, podemos construir um futuro mais eficiente e próspero para todos.” Disse o Presidente Frank do Carmo
Sinduscon -AM
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (SINDUSCON-AM) é o representante legal das empresas do setor no Estado. A entidade é filiada à Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), localmente, e à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nacionalmente, o Sindicato tem mais de 38 anos de atuação em defesa do setor no Amazonas e, com 44 anos de existência, são várias as frentes de atuação do SINDUSCON-AM em favor das empresas associadas, como orientações trabalhistas, assinatura de convênios para venda de imóveis e informações sobre o mercado, junto ao poder público municipal e estadual, tem implantado parcerias para o desenvolvimento de Manaus e do Amazonas, no que diz respeito à infraestrutura e indústria imobiliária, o Sindicato também se preocupa com o desenvolvimento sustentável, buscando dar apoio às ações de preservação da Amazônia.
Futuro do Setor
Essa evolução tecnológica e digital está presente em todos os aspectos do canteiro de obras, desde o planejamento até a execução, a industrialização está progredindo, embora talvez não tão rapidamente quanto se desejava, portanto, ao invés de enxergarmos apenas o envelhecimento da mão de obra, é importante reconhecermos essa mudança de paradigma na cultura da Construção Civil, que continua a demandar mão de obra, porém de forma mais especializada e voltada para processos industrializados e eficientes.
É essencial que o governo, empresas, sindicatos e instituições de ensino unam forças para enfrentar esses desafios e construir um futuro vibrante e sustentável para a indústria da construção civil no Brasil, isso implica em não apenas combater o estigma associado aos trabalhos manuais, mas também em ressaltar as inúmeras oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional que essa indústria oferece. Juntos, podemos criar um ambiente onde todos os trabalhadores se sintam valorizados e inspirados a contribuir para o progresso do setor.
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