O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Nelson Azevedo, destacou a importância do planejamento prévio para uma eventual vazante severa, de forma que haja o mínimo de prejuízo possível aos negócios, especialmente para a sociedade, evitando assim eventuais desabastecimentos. A observação foi feita pelo empresário durante reunião, ontem, no auditório do SENAI, conduzida pela Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) e Defesa Civil, para discutir previsões e orientações acerca da cheia e vazante deste ano.
“É importante daqui para frente que a sociedade amazonense se una e busque junto aos governos federal, estadual e municipal investimentos permanentes na navegabilidade de nossos rios, para que possam ser efetivamente chamados de hidrovias”, destacou Azevedo. Entre as providências sugeridas por ele estão as dragagens permanentes, sinalização, conectividade em todo o curso dos rios, para que as hidrovias venham a ser navegáveis durante todo o ano, diminuindo significativamente os custos logísticos das empresas.
De acordo com o secretário da Sedecti, Serafim Corrêa, é responsabilidade do governo compartilhar dados com a indústria, com o comercio e com o serviço para que juntos possam prevenir e tomar medidas. “O setor público de um lado vai agir, mas de outro lado os empresários precisam das informações para tomarem as medidas que acharem mais convenientes para que, assim, haja a solução de continuidade dos seus negócios”, pontuou Corrêa.
Ao expor os prognósticos climáticos dos próximos meses, o secretário da Defesa Civil do Amazonas, Coronel Francisco Máximo, afirmou que o trabalho na gestão de risco na fase da prevenção é fundamental e que, apesar da métricas mostrarem franca recuperação das cheias, ainda continuam muito semelhantes às do ano passado, quando houve a mínima histórica atingida pelo rio Negro.
“É extremamente importante, principalmente para indústria, compreender quais são os meses mais críticos, em que os rios começam a apresentar problemas, sobretudo de navegabilidade”, avaliou o secretário. Ele destacou algumas ações de gerenciamento de risco a serem tomadas, estas que incluem o monitoramento dos rios, capacitações, criação de mais estações fluviais, criação do Fundo estadual de proteção e defesa civil, além de outras reuniões com instituições públicas, em nível federal, estadual e municipal, e com empresas privadas.
Também presentes estavam o superintendente adjunto da Suframa, Luiz Aguiar, o superintendente de Navegação de Portos e Hidrovias, Jorge Barroso, o presidente da Fecomércio, Aderson Frota, o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Jorge Lima, o presidente do CIEAM, Lúcio Flávio de Moraes, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), Hamilton Caminha, entre outros representantes da indústria.
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