Líderes Cúpula Amazônia Declaração
Na terça-feira (8), uma aliança de peso entre os oito países que compõem a Amazônia foi formalizada por meio da assinatura da Declaração de Belém. Esse documento inovador consolida uma agenda compartilhada para a região, marcando um momento crucial na busca por ações conjuntas em prol do meio ambiente e das comunidades locais.
A coletiva de imprensa realizada no encerramento do primeiro dia da Cúpula da Amazônia contou com a presença destacada do chanceler brasileiro e embaixador Mauro Vieira. Nessa ocasião, ele trouxe à luz os detalhes fundamentais contidos na Declaração de Belém, delineando os compromissos essenciais assumidos pelos países amazônicos.
Uma das abordagens centrais do acordo é o fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que receberá novas atribuições a partir desse marco histórico. O ministro Mauro Vieira destacou a importância desse passo, enfatizando a necessidade de uma cooperação regional sólida para enfrentar os desafios complexos que a região enfrenta.
Com 113 objetivos e princípios transversais, a Declaração de Belém abrange uma ampla gama de compromissos. Entre eles, destaca-se a busca pelo uso sustentável da biodiversidade, das florestas e dos recursos hídricos. Além disso, a declaração ressalta a promoção dos direitos das comunidades indígenas e locais, reconhecendo a sua importância vital para a região.
Um aspecto crítico enfocado na declaração é a urgência de uma conscientização coletiva e a cooperação regional para evitar um cenário devastador conhecido como o “ponto de não retorno” na Amazônia. Essa mensagem reflete a compreensão compartilhada dos riscos iminentes que a região enfrenta e a necessidade de ações imediatas.
A parceria dos países amazônicos também se traduz em um compromisso concreto para enfrentar o desmatamento. A Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento será lançada com metas ambiciosas, impulsionadas pelas aspirações nacionais, como a busca por um cenário de desmatamento zero até 2030.
A Declaração de Belém, representando um ponto de convergência das nações amazônicas, destaca o potencial de colaboração e inovação quando se trata da proteção de um dos ecossistemas mais vitais do planeta. Esse acordo histórico não só traça uma rota para a preservação da Amazônia, mas também serve como um exemplo inspirador de cooperação internacional em prol de um futuro sustentável.
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