Economia sustentável Prêmio Industrial
“Esse reconhecimento é feito aos que têm trabalhado em busca de melhores oportunidades ao mesmo tempo em que contribuem para a indústria e para a economia do Amazonas, gerando empregos, ampliando arrecadação e dando dinamismo ao nosso desenvolvimento”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, ao abrir o evento Industrial do Ano, na última sexta-feira (19) no SESI Clube do Trabalhador. A solenidade reuniu autoridades civis e militares para homenagear personalidades e organizações que fizeram a diferença para a economia do Estado do Amazonas.
Antonio Silva também destacou a importante característica das empresas homenageadas, em trabalharem com produtos naturais oriundos da Amazônia, visando sempre à sustentabilidade e a preservação da floresta. “Temos aqui uma nova fronteira a ser conquistada a partir do grande potencial da bioeconomia, agregando valor aos produtos naturais para os mais diversos mercados com as novas cadeias produtivas”.
Industrial do Ano, Frank Benzecry
Homenageado com o Prêmio Industrial do Ano de 2023, o presidente do Grupo CIEX, Frank Benzecry, destacou a sua gratidão aos que foram pioneiros da indústria no Estado do Amazonas, dentre eles o seu pai, já falecido, Isaac Benzecry, que também foi honrado pela FIEAM com o mesmo título de Industrial do Ano em 1966.
O empresário relembrou as primeiras industrializações e exportações realizadas por seu pai e como estas trouxeram desenvolvimento e crescimento para o Amazonas, fazendo uso apenas das riquezas naturais provenientes da terra, o que, para o homenageado, pavimentou o caminho para a chegada de novas e modernas fábricas no Polo Industrial de Manaus (PIM).
Frank Benzecry agradece pelo reconhecimento da FIEAM em mais um Industrial do Ano
“As indústrias regionais ainda possuem um fortíssimo vínculo com o interior do Estado, gerando renda para a que talvez seja a parcela de maior necessidade entre nossos conterrâneos e que ajudam o Brasil, ocupando áreas estratégicas do nosso território”, destacou Benzecry, ao dar ênfase também na sua preocupação com preservação da floresta e a utilização de insumos biodegradáveis em suas duas empresas, a CIEX cujo o carro chefe são as castanhas-do-brasil e a Jutal, produtora de materiais derivados da malva e juta.
Benzevry afirmou que compartilha sua crença no Brasil e no Amazonas como um lugar para investimentos e para continuar a fazê-los sempre com recursos próprios.
Empresa Exportadora do Ano, Recofarma
Pelo décimo ano consecutivo, a Recofarma Indústria do Amazonas foi homenageada com o título de maior exportadora do ano. Na ocasião, a gerente-geral da empresa, Milena Perez, confirmou mais de R$ 1 bilhão em exportações. A empresária, porém, enfatizou que mais valioso do que os resultados são os valores sociais que a Recofarma proporciona à sociedade, investindo em diversas ações que visam desde a valorização cultural a geração de impactos ambientais positivos. “Faz parte do compromisso da Coca-Cola Brasil com o Amazonas fortalecer o desenvolvimento regional e ajudar a diminuir as desigualdades locais, principalmente daqueles que mantêm a floresta de pé”, destacou Perez, ao frisar que o guaraná utilizado pela empresa na produção é extraído 100% da Amazônia por meio do projeto intitulado “Olhos da Floresta” que, desde 2016, está presente em mais de 124 comunidades.
MicroIndustrial do Ano, Jorge Neves
O microindustrial, CEO da Warabu Comércio e Fabricação de Derivados do Cacau, Jorge Neves, assinalou sua paixão por chocolates e por novos desafios, o que lhe impulsionaram a navegar pelo mar empresarial e pelas maravilhas da Amazônia.
“A inspiração do nome Warabu, vem da linguagem indígena tupi guarani, que significa algo que vem da terra, que é daqui”, explicou Jorge, frisando a dedicação da sua empresa em transformar os recursos únicos da floresta em chocolates orgânicos, livres de conservantes, sem glúten e de origem vegana.
O homenageado também relembrou as dificuldades da empresa em seu crescimento inicial por conta do enfrentamento da pandemia, mas evidenciou que aprender com as lições do fracasso foi essencial para trilhar o caminho e alcançar diversas certificações e novos investimentos.
Neves também realizou agradecimentos especiais ao Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE), onde a Warabu reside, assim como aos sócios da Aceleradora Axcell, os empresários Átila Denys, Renato Bonadiman e Matheus Faria, juntamente com a sócia, Linda Gabey, que esteve acompanhando o desenvolvimento da empresa desde os primeiros passos.
Medalha da Ordem do Mérito Industrial Moysés Israel
Ministro Mauro Campbell, à esquerda, entrega placa em homenagem ao presidente da CNI, Robson Andrade, ao lado de Antonio Silva, presidente da FIEAM
“Robson tem feito muito pela indústria brasileira e muito mais pela indústria amazonense, principalmente, pela federação que hoje eu presido”, enfatizou, o presidente Antonio Silva, ao apresentar o homenageado com a Medalha de Ordem do Mérito Industrial Moyses Israel, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade.
Andrade, reconhecido por contribuição às instituições que compõem o Sistema Indústria do Amazonas, comentou sobre a importância da Amazônia para o mundo e do seu sentimento sobre sustentabilidade, que é realizado por meio das empresas do Amazonas, não só relativamente à preservação das florestas, mas ao desenvolvimento das pessoas.
“Quando vemos todo o trabalho que foi feito aqui ao longo dos anos, com tanta luta, vemos que a política de desenvolvimento regional no Brasil é extremamente importante. Nós podemos nos afastar de uma política que privilegie os estados que têm inúmeras riquezas naturais e condições de desenvolverem, mas que sofrem com problemas de logística e distância”, afirmou o presidente da CNI, ao reiterar as grandes possibilidades que a Amazônia proporciona a população, com crescimento social e geração riqueza.
