O Instituto Amazônia +21, em parceria com o Centro de Estudos Rioterra e a Santo Antônio Energia, desenvolveu o projeto do Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia (CBCA), um centro de pesquisa científica que está sendo construído em Rondônia. A iniciativa, que será apresentada à comunidade internacional na Feira de Hannover, na Alemanha, no dia 19 de abril, começou a ser colocada em prática em 2022 e a previsão de conclusão é 2025.Da Amazônia para o mundo
“É um orgulho ver uma solução como o CBCA ser construído em Rondônia. Essa parceria entre Santo Antônio, Rioterra e Instituto Amazônia+21 mostra a capacidade das empresas e instituições da própria Amazônia para realizar projetos de transformação da realidade local, com diferenciais que chamam atenção, inclusive pela identificação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, afirmou o diretor do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé.
Com o objetivo de estimular o desenvolvimento econômico sustentável na região do Alto Rio Madeira, o Centro terá ações de conservação, laboratórios de pesquisa, uma biofábrica e um viveiro com capacidade para produzir até dois milhões de mudas por ano. Todas essas ações poderão ser replicáveis e escaláveis para toda a região, inclusive para os países vizinhos.
“O CBCA é uma iniciativa produtiva e transformadora, que vai contribuir para inverter a realidade de queimadas e emissão de gases na Amazônia, oferecendo mudas de espécies nativas para reflorestamento e outras ações de conservação do bioma. A meta é induzir a troca da cultura do desmatamento pela valorização da floresta em pé e da bioeconomia, com inclusão das comunidades tradicionais e oportunidades para os brasileiros da Amazônia”, declarou o diretor.
O Centro será instalado em uma área de cerca de mil hectares nos arredores do reservatório da Hidrelétrica Santo Antônio, entre as comunidades da Vila Betel e Vila Nova de Teotônio. O terreno integra a Área de Preservação Permanente da usina e foi cedido por um período de 25 anos pela Santo Antônio Energia, com fim exclusivo de instalação e operação do Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia.
Além dos benefícios ambientais, o Centro busca fomentar uma economia verde na região, o que, na prática, significa estimular o crescimento econômico associado à preservação do meio ambiente. Inicialmente, o CBCA prevê seis linhas de atuação: áreas de regeneração natural assistida, vitrines tecnológicas, marcação de matrizes e coleta de semestres, viveiro, biofábrica e administração e centro de formação.
Feira de Hannover
No dia 19 de abril, o diretor do Instituto Amazônia+21, Marcelo Tomé, irá apresentar o projeto do Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia na Feira de Hannover, a maior feira internacional de tecnologia industrial.
Este ano, a feira ocorrerá entre 16 e 21 de abril, e o Brasil está se preparando para apresentar o estado da arte nos esforços do setor na transição para uma indústria descarbonizada, tudo isso perante um público estimado de 80 mil visitantes de todas as partes do mundo. As rodadas networking também são oportunidades importantes de prospectar parcerias e futuros negócios.
A feira tem a maior estrutura de eventos do mundo, composta por 24 salões e pavilhões, futuramente ocupados pelos mais de quatro mil exibidores com mais de oito mil produtos e soluções.
Em 2023, as principais tendências da feira são conectividade e neutralidade climática. A partir disso, serão abordados tópicos como inteligência artificial, gerenciamento de energia, produção neutra em carbono e indústria 4.0.
Nesta edição, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI) vão realizar mais uma missão empresarial com o objetivo de prospectar negócios e novas tecnologias e, ainda, apresentar às 80 mil pessoas esperadas as ações do setor produtivo na agenda de baixo carbono.