Robótica no festival do SESI
Organizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI), o maior festival de robótica do país, que tá rolando na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília, já recebeu cerca de 30 mil visitantes desde a última quarta-feira (15). Entre eles, mais de 3 mil alunos de escolas públicas e particulares do Distrito Federal.
As visitas guiadas foram organizadas pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e encantaram os alunos, que aprenderam um pouco sobre os projetos de algumas equipes competidoras. Entre palestras e demonstrações rápidas, o tecnológico mundo da robótica foi brevemente apresentado, tanto para quem nunca teve contato com esse universo, quanto para quem já é familiarizado e até sonha em fazer parte das equipes.
Primeiros contatos com a educação tecnológica
A sede por aprendizado está em todos os lugares. Na Escola Classe Café Sem Troco, no Paranoá, uma turma formada exclusivamente por indígenas venezuelanos exemplifica bem isso. Os estudantes fazem parte dos povos Warao Coromoto, e iniciaram os estudos em fevereiro deste ano.
Com idades entre 6 e 17 anos, os 25 alunos são ensinados pela professora Maria Janerrandra, que fala espanhol, mas alfabetiza os meninos na língua portuguesa. Ao saber das visitas ao festival, a pedagoga enxergou uma boa oportunidade de vivência educacional.
“Eu ando 40 km todo dia para chegar à escola. Tenho só essa turma, mas é como se tivesse três, porque preciso elaborar três tipos de atividades para diferentes níveis de aprendizagem. Eles são impactados diariamente com os choques culturais, e cada vez mais aprendem como funciona uma comunidade educacional. Nós almejamos ampliar visões de vida, e por isso foi importante eles irem ao evento e verem jovens apresentando trabalhos tão legais”, expressa Janerrandra.
Programando o futuro
No Colégio Vencer, de Ceilândia, há 30 km do centro de Brasília, a busca pela vitória é levada a sério. No início deste ano, os estudantes do 6º ao 9º ano disputaram as etapas regionais da competição. A classificação não veio, mas você acha que eles desanimaram? Não mesmo!
Na quinta-feira, a coordenadora Marilene Alves e a professora de robótica Amanda Queiroz levaram 29 alunos para visitar o festival. Além dos momentos de diversão, eles tinham uma tarefa especial para cumprir: entrevistar as equipes competidoras e aprender com elas.
A dinâmica deixou diferentes impressões e conhecimentos. Para Sofia Caramez, de 12 anos, foi possível entender melhor as propostas das equipes: “Consegui aprender mais sobre as estratégias usadas e as atividades que serão realizadas”, conta.
Já Isaac Ericeira, de 12 anos, percebeu o potencial dos competidores: “Eles são muito mais do que imaginamos. Podem evoluir muito nos campeonatos”, comenta.
O entusiasta da programação Ítalo Kauan, de 13 anos, focou nos impactos socioambientais. “Os entrevistados mostraram que há vários jeitos de mudar o mundo. Por exemplo, com projetos destinados a diminuir a poluição”, explica.
A expectativa para os próximos campeonatos foi geral. “Ao final da visita, todos estavam mais animados com os conteúdos e com os estudos. Inclusive, já perguntaram sobre as próximas competições”, relatou a professora Amanda Queiroz.
Carro elétrico, gráficos audíveis e simulações virtuais
Na sexta-feira, a turma do 4º ano da Escola Classe 04 do Núcleo Bandeirante, há 15 km do centro de Brasília, ficou deslumbrada com as inovações apresentadas na exposição “Educação é Transformação”, com projetos desenvolvidos por estudantes do SESI e do SENAI.
Uma BMW movida a eletricidade tem como passar despercebida? Para Sophia Andrade, Samuel Francisco e Christiane Carvalho, todos com 9 anos, o veículo foi um grande destaque. “Achei chique e diferente”, afirmou Sofia.