Trinta e um alunos das Escolas SESI de Manaus e de Itacoatiara embarcam amanhã, terça-feira (14), para representar o Amazonas no Torneio SESI de Robótica 2023, em Brasília (DF). As quatro equipes – Team Prodixy, Escudeira Apuema Korê, Os Curupiras e Fênix of Light – serão acompanhadas de nove professores que são os técnicos responsáveis pelos estudantes. Equipes de Robótica do SESI
De acordo com Ana Karina Holanda, gestora da Escola SESI Emina Mustafa Barbosa, a delegação do Amazonas vai participar de todas as modalidades da competição, tais como: FLL (First Lego League), FTC (First Tech Challenge), FRC (First Robotics Competition) e F1 in Schools, distintas entre si pela faixa etária dos participantes e do estilo de robôs a serem apresentados.
“A robótica inspira o aluno a se tornar protagonista da sua história, considerando ainda o aprendizado STEAM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes/Design e Matemática) que o leva a investigar, descobrir, conectar, criar e refletir, colocando a mão na massa”, afirma Ana Karina sobre a robótica como ferramenta para a educação, ressaltando que vivemos um tempo de rápidas e constantes mudanças tecnológicas e, com isso, a escola precisa trabalhar situações em que os alunos tenham que inventar soluções, propor novas tecnologias e se autotransformar.
O SESI Amazonas participa dos torneios de robótica desde 2013 e também é suboperador regional. O evento nacional receberá, por sua vez, mais de dois mil competidores, com idade entre nove e 19 anos e ocorrerá na Arena Mané Garrincha, entre os dias 15 e 18 de março. A temporada 2022-2023 do Torneio SESI de Robótica tem o tema “ENERGIZE” e desafia as 244 equipes de todo o Brasil a não só construir robôs, mas manter esse trabalho aliado a projetos sociais e de inovação encarregados, neste ano, a reimaginar o futuro da energia sustentável.
Na modalidade FLL, a equipe Fênix of light levará para Brasília um projeto de transformação de energia eólica para energia mecânica com o objetivo de gerar energia para carregar celulares nos ônibus. “As expectativas são as melhores possíveis! Estamos muito eufóricos por poder representar o Amazonas e a nossa Escola SESI! Nosso objetivo é nos divertir muito e trocar conhecimento e fazer novas amizades”, afirma Alessandra Bernardo, professora e técnica da equipe, ao ressaltar que o robô foi ajustado, incrementando as saídas das missões com mais rapidez e praticidade.
Com o nome que faz referência ao folclore amazônico, a equipe Os Curupiras, composta por sete alunos com idades entre 11 e 16 anos, criou uma luminária à base de energia solar. De acordo com a professora responsável pelo apoio técnico da equipe, Saanny Carvalho, o objetivo dos alunos era oferecer ajuda às comunidades ribeirinhas anualmente prejudicados com a falta de energia. Sobre o torneio da próxima semana, a professora afirma: “Temos certeza de que o Amazonas está muito bem representado”.
Emily Brito, de 16 anos, é integrante da equipe Team Prodixy e cursa o último ano do ensino médio na Escola Emina Barbosa Mustafa. A estudante relata que é uma honra ver o Amazonas incluso e fazendo a diferença, em especial nas categorias FTC e FRC. Também afirma que o esforço para alcançar uma premiação tem sido constante. “Estamos trabalhando muito, principalmente em parceria com o SENAI, que tem sido fundamental no nosso processo de criação de peças, montagem e a programação do nosso robô, que vem se aperfeiçoando incansavelmente desde o ano passado”.
A competidora também explica um pouco como funciona a gestão da equipe Team Prodixy, que é desafiada pelo torneio a agir como uma pequena empresa. “A gente se divide em quatro áreas: financeiro, marketing, ações sociais e engenharia. Assim temos alguns processos a serem realizados, como o de divulgação, o de financiamento. Há também a área da montagem do robô em si e a área de ações sociais com o objetivo de envolver a nossa comunidade com a realidade da robótica”.
Segundo Genarde Trintade, técnico da equipe da Escola SESI de Itacoatiara, a Escudeira Apuema Korê, competidora da modalidade F1 in Schools, os alunos do time também se dividem de forma semelhante a de uma empresa, tendo uma gerente de projeto, uma gestora de projeto social, uma gestora de mídias sociais, um engenheiro de manufatura e um piloto.
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“A escudeira é uma empresa, então os setores devem estar alinhados para que seja possível executar todas as atividades que fazem parte do projeto”, destaca o professor, explicando que uma das partes mais importantes da equipe se caracteriza pelo projeto social realizado na escola Escola Municipal Vicente Junior, cujos alunos da Apuema Korê compartilham práticas pedagógicas, com uso de materiais de baixo custo para ensinar conceitos sobre robótica, matemática, ciências e demais áreas do conhecimento. “A robótica educacional, juntamente com a cultura maker, tem como objetivo formar alunos mais proativos, que assumem o protagonismo no seu aprendizado”, pontua Genarde.