PPBio seleciona projeto interior
O Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), uma política pública da Superintendência da Zona Franca de Manaus coordenada pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), selecionou o projeto Brolhar para receber o aporte de R$ 500 mil e consultorias técnicas para a estruturação do negócio.
A seleção do projeto foi realizada por uma banca de especialistas em fevereiro deste ano, durante a primeira “Oficina de Bioeconomia na Amazônia”, realizada pelo PPBio na cidade de Tefé, interior do Amazonas.
O projeto tem o objetivo de produzir mudas em grande quantidade para fortalecer a cadeia produtiva da restauração florestal.
Ele envolve a confecção de bancos de semente flutuantes pelos comunitários do Setor Jarauá, localizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, a cerca de 600 km de Manaus, que servirão como vitrine para a visualização do negócio e para que empreendedores possam entender como as sementes se mantêm vivas no curso de água.
De acordo com Denise Santana, responsável técnica pelo projeto, o recurso chega em um momento oportuno, na passagem da ideia para a estruturação e formalização de um negócio.
“Isso permitirá o dimensionamento dos bancos flutuantes para produção de sementes e para atingir o mínimo produto viável. Os bancos terão um projeto arquitetônico baseado em conhecimento tradicional”, disse.
Todo o Amazonas
A escolha da iniciativa Brolhar faz parte da agenda de descentralização do PPBio.
“Apesar de ser uma política pública da Zona Franca, o PPBio pode apoiar projetos em toda a Amazônia ocidental e Amapá, e é isto que buscamos ao realizar atividades e apoiar projetos fora da região metropolitana de Manaus”, afirmou o líder em captação e relacionamento do PPBio, Paulo Simonetti.
O líder em captação e relacionamento afirmou ainda que o Projeto Brolhar é inovador e que se mostra com tecnologia viável.
“Um dos gargalos que a restauração florestal tem é a produção de mudas viáveis em grandes quantidades. Isso envolve muita dedicação. Esse projeto busca resolver essa questão. Incentivar esse projeto é dar um passo a mais na estruturação de uma cadeia forte para a restauração florestal”, conclui.
Executora do projeto
De acordo com as normas do Comitê das Atividades de Pesquisa de Pesquisa e Desenvolvimento (CAPDA), o Instituto Mamirauá será a Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) executora do Projeto Brolhar em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia.
O Instituto é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo garantir a conservação da biodiversidade e a qualidade de vida das comunidades ribeirinhas na Amazônia.