A Pesquisa de Expectativa de Emprego – Q1 2024, estudo desenvolvido trimestralmente pelo ManpowerGroup, revela uma estabilidade na intenção de contratações nos âmbitos nacional e global para o 1º trimestre de 2024.
O levantamento mostra que a expectativa de emprego no Brasil para o período – calculada subtraindo-se empregadores que planejam fazer reduções na equipe daqueles que planejam contratar – é de +32%, um crescimento de 5 pontos percentuais em comparação com o índice do 1º trimestre de 2023, que foi de +27%.
A porcentagem de empregadores que planejam contratar teve um crescimento de 6%, sendo 48% em 2024 e 42% em 2023. A porcentagem de empregadores que esperam reduzir os níveis de contratações subiu de 15% para 16%.
Entre os setores com maior expectativa de demanda de posições no país, estão os de Saúde & Ciências da Vida (46% das organizações no setor esperam contratar), Tecnologia da Informação (45%), Finanças & Imobiliário (42%), Energia & Serviços de utilidade pública (36%), Transporte, Logística & Automotivo (29%), Indústria & Materiais (28%) e Bens de Consumo & Serviços (25%).
Já no cenário global, o setor de TI lidera o ranking de expectativa de contratações (36%), seguido pelo setor de Finanças & Imobiliário (34%), Serviços de Comunicação (31%), Saúde & Ciências da Vida (28%), Indústria & Materiais (28%) e Energia & Serviços de utilidade pública (26%).
Crescimento nas micro, médias e grandes empresas
O estudo também analisou a intenção de contratação por porte de empresas no Brasil. As grandes empresas têm a maior expectativa de contratações, com um percentual de 40% para companhias com 250 a 999 colaboradores, seguido por organizações com 1000 a 4.999 colaboradores, com 34%.
Paraná e São Paulo têm as maiores intenções de contratar
O levantamento traz, ainda, a intenção de contratação por regiões do Brasil. O destaque positivo ficou para o estado do Paraná, com o melhor índice (33%), à frente de São Paulo (31%), Rio de Janeiro (30%) e Minas Gerais (28%).
Brasil ocupa 10º posição no ranking global
Na análise global do estudo, os empregadores continuam prevendo a contratação de mais trabalhadores no primeiro trimestre de 2024, relatando uma expectativa líquida de emprego ajustada sazonalmente em +26%.
Entre os países analisados, as intenções de contratação mais fortes estão na Índia (37%) e Países Baixos (37%), seguidos por Costa Rica (35%) e Estados Unidos (35%). O Brasil está em décimo lugar com (32%). O cenário mais fraco é reportado na Argentina, com +2%.
Expectativa de emprego versus escassez de talentos
A escassez de talentos atingiu grandes níveis, com 80% no Brasil e 75% no mundo, as empresas estão adaptando suas estratégias na busca por talentos que possuem as competências necessárias.
À medida que o pool de talentos diminui, os empregadores estão reconfigurando os benefícios oferecidos para garantir os melhores profissionais. De acordo com o levantamento, 33% dos empregadores brasileiros apontam a intenção de oferecer mais flexibilidade sobre quando os colaboradores trabalham, 32% proporcionar mais flexibilidade sobre onde os colaboradores trabalham e 30% aumentando os salários.
“Apresentar uma expectativa de emprego positiva pode ser um cenário promissor, mas requer muita atenção. Mesmo para os empregadores que estão repensando benefícios e flexibilidade, ainda é preciso focar em aprendizado e treinamento para desenvolver os talentos internos, incentivar o lifelong learning; permitir que as pessoas migrem para novas áreas dentro da empresa e desenvolvam novas competências. É fundamental fechar esse gap, e as empresas precisam abraçar a sua responsabilidade, afinal, as transformações seguirão aceleradas”, comenta Nilson Pereira, Country Manager do ManpowerGroup Brasil.
Tendências da Força de Trabalho para 2024
Enquanto planejam suas prioridades estratégicas de RH, as empresas relatam que o bem-estar dos colaboradores e o recrutamento de profissionais qualificados têm maior impacto nos seus planos, com 71% e 70% respectivamente.
Além disso, as organizações identificam os três principais desafios ao considerar as funções que requerem habilidades de inteligência artificial (IA): treinar a equipe para impulsionar a IA em suas funções, encontrar profissionais com qualificações específicas e definir as funções que podem tirar proveito da IA.