Financiadoras de créditos reuniram-se com representantes do Comitê de Apoio ao Desenvolvimento do Agronegócio do Amazonas (Cadaam) ontem, 24, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), para apresentar aos agricultores e piscicultores do Amazonas ações voltadas ao Plano Safra 2023. O encontro contou com as apresentações do Banco do Brasil, Banco da Amazônia (Basa) e Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam).
Para o vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, é importante criar linhas de fomento que atendam as necessidades do interior do Amazonas, que não tem infraestrutura suficiente para atender ao agronegócio. “Nosso grande objetivo principal é fornecer apoio aos agricultores e pecuaristas, oferecendo linhas de crédito com taxas de juros especiais, mas que atendam a necessidade de todos, inclusive do interior.”, frisou Azevedo.
Na mesma ocasião e seguindo a mesma linha sobre as dificuldades enfrentadas no interior, o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, questionou o representante do Banco do Brasil (BB), Nelson José Júnior, sobre a falta de agências e de equipes mais amplas e se a escassez de pessoas para atendimento prejudica quem precisa o acessar o crédito.
Segundo Nelson Júnior, a falta de agências nos municípios não é vista como um problema porque não existe um projeto dentro do banco para agricultura familiar que não passe por uma assistência técnica, braço do banco nessas regiões, e para captar essa proposta não precisa do cliente, pelo menos não nesse primeiro momento. “Então, essas pautas, se a gente alinhar com as assistências técnicas nesses municípios, onde não estamos presentes, poderíamos ser mais assertivos”, sugeriu o técnico do BB.
O representante do Basa, Éden Sávio, apresentou os recursos disponíveis para o Plano Safra 2023/2024, no total de R$ 9,9 bilhões, sendo R$ 5,5 bilhões para a agricultura familiar, mini e pequeno produtor, e R$ 4,4 bilhões para médio e grande produtor. De acordo com Sávio, o montante é 28,9% superior ao que foi disponibilizado em 2022/2023.
Na ocasião, Sávio apresentou o diferencial para linhas verdes, com taxa de 6,82% ao ano, para investimento em inovação tecnológica com fonte renovável, agricultura regenerativa, agricultura de baixo carbono (ABC), ampliação modernização, reforma e construção de armazéns, recuperação de áreas degradadas, conservação e proteção ao meio ambiente e energia verde.
O Basa também aproveitou para mostrar as principais inovações a serem realizadas para ajudar ainda mais os setores rurais, como limite automático para produtores de todos os portes, hipoteca abrangente, ampliação de novas agências de negócios, canais de atendimento com correspondentes bancários, entre outros.
As ações apresentadas pelas financiadoras foram todas voltadas ao Plano Safra que é lançado anualmente e representa um conjunto de medidas e diretrizes voltadas para o desenvolvimento e financiamento da agricultura e pecuária no país. O plano tem como objetivo principal fornecer apoio aos agricultores e pecuaristas, oferecendo linhas de crédito com taxas de juros especiais, incentivos para investimentos em tecnologia, modernização e aumento da produção agropecuária. Além disso, o Plano Safra também envolve ações relacionadas à comercialização, seguro rural e programas de apoio à agricultura familiar.
Entre os presentes na reunião estavam produtores rurais, cooperativas, representantes da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Suframa, Sepror, Sedecti, Afeam, Embrapa, Agrobio e Thomaz Rural.